PENSAMENTO DO DIA
PENSAMENTOS e FILOSOFIA

DEZEMBRO de 2007


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25/Dezembro/2007:

“ O PROBLEMA DO SER ”
- As Missões da Vida Superior - parte do Cap 12 -
( introdução - capítulos 11 )

“ Todo espírito que deseja progredir trabalhando na obra de solidariedade universal recebe dos espíritos mais elevados uma missão particular, apropriada às suas aptidões e ao seu grau de adiantamento.

Alguns têm por tarefa acolher os espíritos em seu retorno à vida espiritual, guiá-los, ajudá-los a se desprenderem dos fluidos espessos que os envolvem; outros são encarregados de consolar, instruir as almas sofredoras e atrasadas. Espíritos de químicos, físicos, naturalistas, astrônomos, prosseguem em suas pesquisas, estudam os mundos, suas superfícies, suas profundezas ocultas, atuam em todos os lugares sobre a matéria sutil, que fazem passar por preparações, modificações destinadas a obras que a imaginação humana teria dificuldades em imaginar. Outros se aplicam às artes, ao estudo do belo sob todas as suas formas. Espíritos menos evoluídos auxiliam os primeiros em suas tarefas variadas e lhes servem de auxiliares.

Um grande número de espíritos se consagra aos habitantes da Terra e dos outros planetas, estimulando-os em suas pesquisas, fortalecendo os ânimos abatidos, guiando os hesitantes pelo caminho do dever. Aqueles que praticaram a medicina e possuem o segredo dos fluidos curativos, reparadores, ocupam-se mais especialmente dos doentes.

A mais bela de todas as missões é a dos espíritos de luz. Vêm dos espaços celestes para trazer à humanidade os tesouros de sua ciência, de sua sabedoria, de seu amor. Sua tarefa é um sacrifício constante, porque o contato dos mundos materiais é penoso para eles; porém, encaram todos os sofrimentos por dedicação aos seus protegidos, a fim de assisti-los em suas provas e infiltrarem no coração deles grandes e generosas intuições. É justo atribuir-lhes esses clarões de inspiração que iluminam o pensamento, esses desafogos da alma, essa força moral que nos sustenta nas dificuldades da vida. Se soubéssemos a quantos constrangimentos esses nobres espíritos se impõem para chegaram até nós, responderíamos melhor às suas solicitações, faríamos esforços enérgicos para nos desligarmos de tudo o que é insignificante e impuro, unindo-nos a eles na comunhão divina.

Nas horas de dificuldade, é para esses espíritos, para meus guias bem-amados, que voam meus pensamentos e meus apelos. É deles que me vêm o apoio moral e as consolações supremas.

Subi com muita dificuldade os atalhos da vida; minha infância foi dura. Logo conheci o trabalho manual e os pesados encargos de família. Mais tarde, em minha carreira de propagandista, muitas vezes me machuquei nas pedras do caminho; fui mordido pelas serpentes do ódio e da inveja. E agora, a hora crepuscular chegou para mim; as sombras sobem e me rodeiam; sinto minhas forças diminuírem e meus órgãos se enfraquecerem. Mas nunca me faltou a ajuda de meus amigos espirituais, nunca minha voz os evocou em vão. Desde meus primeiros passos neste mundo sua influência me envolveu. Muitas vezes senti suas doces emanações de energia passarem sobre minha cabeça como asas batendo brandamente. É às suas inspirações que devo minhas melhores páginas e minhas expressões mais vibrantes. Compartilharam minhas alegrias e tristezas e, quando rugia a tempestade, sabia que estavam firmes ao meu lado, no meu caminho. Sem eles, sem seu socorro, há muito tempo teria sido obrigado a interromper a minha marcha, a suspender o meu trabalho. Mas suas mãos estendidas me têm amparado e dirigido na áspera via. Algumas vezes, no recolhimento da tarde ou no silêncio da noite, suas vozes me falam, me embalam, me confortam; ressoam em minha solidão como uma vaga melodia. Ou, então, são sopros que passam, semelhantes a carícias, sábios conselhos murmurados, indicações preciosas sobre as imperfeições de meu caráter e os meios de remediá-las.

Então, esqueço as misérias humanas para me alegrar na esperança de um dia rever esses amigos, de reunir-me a eles na luz, se Deus me julgar digno disso, com todos aqueles que amei e que, do seio do além, me ajudaram a percorrer a etapa terrestre.

Que para todos vós, espíritos protetores, entidades protetoras, se eleve meu pensamento de reconhecimento, o melhor de mim mesmo, o tributo de minha admiração e de meu amor !”

... ( leia a íntegra no livro - capítulo 12)....

“A linguagem do mundo espiritual é a das imagens e dos símbolos, rápida como o pensamento. É por isso que nossos guias espirituais se servem de preferência de representações simbólicas para nos prevenir, no sonho, de um perigo ou de uma desgraça. O éter, fluido brando e luminoso, toma com extrema facilidade as formas que a vontade lhe imprime. Os espíritos comunicam-se entre si e compreendem-se por processos diante dos quais a arte oratória mais perfeita, toda a magia da eloqüência humana pareceriam apenas um balbuciar grosseiro. As inteligências elevadas percebem e realizam sem esforço as mais maravilhosas concepções da arte e do gênio. Porém, essas concepções não poderiam ser transmitidas integralmente aos homens. Até mesmo em suas manifestações mediúnicas mais perfeitas, o espírito superior tem de se submeter às leis físicas de nosso mundo, e apenas vagos reflexos ou ecos enfraquecidos das esferas celestes, algumas notas perdidas da grande sinfonia eterna, é que ele pode fazer chegar até nós.

Tudo é graduado na vida espiritual. A cada grau de evolução do ser para a sabedoria, para a luz, para a santidade, corresponde um estado mais perfeito de seus sentidos receptivos, de seus meios de percepção. O corpo fluídico, cada vez mais transparente, cada vez mais diáfano, deixa passagem livre às radiações da alma. Daí uma aptidão maior para aprender, para compreender os esplendores infinitos; daí uma lembrança mais viva do passado, uma familiarização cada vez maior com os seres e as coisas dos planos superiores, até que a alma, em sua progressão, tenha atingido as altitudes supremas.

Quando atinge essas alturas, o espírito vence toda paixão, toda tendência para o mal; ele libertou-se para sempre do domínio material e da lei dos renascimentos. é a entrada definitiva nos reinos divinos, de onde só descerá voluntariamente ao circuito das gerações para desempenhar missões sublimes.

Nessas alturas, a existência é uma festa eterna da inteligência e do coração. É a comunhão íntima no amor com todos aqueles que nos foram caros e que percorreram conosco o ciclo das transmigrações e das provas. Acrescentai a isso a visão constante da eterna beleza, uma profunda compreensão dos mistérios e das leis do universo, e tereis uma vaga idéia das alegrias reservadas a todos aqueles que, por seus méritos e seus esforços, alcançaram os céus superiores. ”

- FIM -

do Livro "O Problema do Ser" -
1ª Edição: 1908
tradução e reedição em 2000: Petit Editora - São Paulo-SP

( Léon Denis - "Biografia" - 1846/1927 )
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- Desde que citada a fonte e mantido como está, esse texto pode ser livremente republicado -

 

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