PENSAMENTO DO DIA
PENSAMENTOS e FILOSOFIA

MAIO de 2007


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01/Maio/2007:

“ O PROBLEMA DO SER ”
- A Alma e os Diferentes Estados do Sono - parte do Cap 5 -
(
capítulos 3 e 4 - capítulos 6 )

“ O estudo do sono nos fornece indicações de grande importância sobre a natureza da personalidade. Em geral, não se aprofunda muito o mistério do sono. O exame atento desse fenômeno, o estudo da alma e de sua forma fluídica durante a parte da existência que consagramos ao descanso, irão nos conduzir a uma compreensão mais clara das condições do ser na vida do além.

O sono possuí não apenas propriedades restauradoras a que a ciência não deu ainda o real destaque (atualmente - início do século XXI - se dá grande valor ao estudo dos fenômenos do sono - hipnal ou hipnéia -. Nos centos médicos mais avançados já há clínicas especializadas no estudo do sono e dos problemas dele decorrentes), mas também um poder de coordenação e de centralização sobre o organismo material. Pode, além disso, como acabamos de ver, provocar uma extensão considerável das percepções psíquicas, uma maior intensidade do raciocínio e da memória.

O que é então o sono ?

É simplesmente o desprendimento da alma, sua saída do corpo. Diz-se: o sono é o prenúncio da morte. Essas palavras exprimem uma verdade profunda. Seqüestrada na carne no estado de vigília, a alma recupera no sono sua liberdade relativa, temporária e ao mesmo tempo o uso de seus poderes ocultos. A morte será sua libertação completa, definitiva.

Já nos sonhos e nas ilusões vemos entrar em ação os sentidos da alma, esses sentidos psíquicos, que no corpo são a manifestação externa e amortecida. À medida que as percepções externas se enfraquecem e se apagam, quando os olhos estão fechados e os ouvidos suspensos, outros meios mais poderosos despertam nas profundezas do ser. Vemos e ouvimos cm a ajuda dos sentidos internos. Imagens, formas, cenas afastadas se sucedem e se desenrolam; são estabelecidas conversas com personagens vivos ou falecidos. Essa ação, muitas vezes incoerente e confusa no sono natural, adquire precisão e aumenta com o desprendimento da alma, no sono provocado, no transe sonambúlico e no êxtase.

Às vezes a alma se afasta durante o repouso do corpo e são as impressões de suas viagens, os resultados de suas pesquisas e de suas observações que se traduzem pelo sonho. Nesse estado, um laço fluídico ainda a liga ao organismo material e, por meio desse laço sutil, uma espécie de fio condutor, as impressões e as vontades da alma podem ser transmitidas ao cérebro.

É pelo mesmo processo que, em outras formas de sono, a alma comanda o seu envoltório terrestre, fiscaliza-o, dirige-o. Essa direção, no estado de vigília, durante a incorporação, exerce-se de dentro para fora; ela irá se efetuar em sentido inverso aos diferentes estados de desprendimento. A alma, emancipada, continuará a influenciar o corpo com a ajuda desse laço fluídico que liga continuamente um à outra. Desde então, no seu poder psíquico reconstituído, a alma exercerá sobre seu organismo carnal uma direção mais eficaz e mais segura. A caminhada dos sonâmbulos, à noite, em lugares perigosos com inteira segurança, é uma demonstração evidente desse fato.

O mesmo acontece com a ação terapêutica provocada pela sugestão. Esta é eficaz, sobretudo no sentido de facilitar o desprendimento da alma e lhe dar seu poder absoluto de controle, a liberdade necessária para dirigir a força vital acumulada no perispírito e, por esse meio, reparar as perdas sofridas pelo corpo físico. Constatamos esse fato no caso de dupla personalidade. A segunda personalidade, mais completa, mais integral do que a personalidade normal, substituí-a com um objetivo curativo, por meio de uma sugestão exterior, que é aceita e transformada em auto-sugestão pelo espírito do indivíduo. De fato, este nunca abandona seus direitos e seus poderes de controle. Assim, como disse F. Myers: "Não é a ordem do hipnotizados, mas a faculdade do indivíduo que forma o nó da questão". O sábio professor de Cambridge disse ainda: "O objetivo único de todos os processos hipnogênicos é o de dar energia à vida; é o de atingir o mais rápida e completamente os resultados que a vida abandonada a si mesma só realiza lentamente e de uma maneira incompleta".

Em outros termos, o hipnotismo é a aplicação, num grau mais intenso, das energias reparadoras que entram em jogo no sono natural. A sugestão terapêutica é a arte de libertar o espírito do corpo, de abrir-lhe uma saída pelo sono e de lhe permitir exercer, em sua plenitude, seus poderes sobre o corpo doente. As pessoas sugestionáveis são aquelas cuja alma apática ou pouco evoluída não está apta para se desprender por sim mesma e agir utilmente em seu sono comum, a fim de reparar as perdas do organismo.”

... (leia a íntegra no livro - capítulo 5 )....

“Os casos de clarividência no estado sonambúlico são numerosos; são relatados em todas as obras e revistas que se ocupam especialmente desses assuntos. A Médecine Française (Medicina Francesa), de 16 de Abril de 1906, relata um fato de clarividência relativo às minas de Courrières. A senhora Berthe, a vidente consultada, descreveu exatamente um desabamento na mina e passou pelas torturas dos sobreviventes, dos quais anunciou a morte ou a libertação.

Acrescentemos dois exemplos recentes:

"Apesar de buscas minuciosas, o senhor Louis Cadiou, diretor da usina de la Grand-Palud, perto de Landerneau (Finistère), tendo desaparecido no final de Dezembro de 1913, não conseguiu ser encontrado. Buscas efetuadas na beira do rio Elorn não haviam dado nenhum resultado. Uma vidente, moradora de Nancy, a senhora Camille Hoffmann, tendo sido consultada, declarou, no estado de sono magnético, que o cadáver seria encontrado na orla de um bosque vizinho à usina, encoberto por uma ligeira camada de terra. O irmão da vítima, após essas indicações, descobriu o corpo em uma situação idêntica à que a vidente havia descrito.

Todos os jornais, entre eles o Le Matin de 5 de Fevereiro de 1914, relataram com detalhes o caso. Cadiou, que toda a França acompanhou com apaixonado interesse."

Após alguns dias, um fenômeno semelhante se produziu. Um jovem empregado do correio, chamado Charles Chapeland, afogou-se no Saône, perto de Mâcon. Diante do ocorrido, seu irmão recorreu à senhora Camille Hoffmann para encontrar o cadáver. Ela assegurou que ele seria lançado pelas águas 60 dias após o acidente, perto da portagem de Cormoranche, o que de fato aconteceu.”
- capítulos 6 -

do Livro "O Problema do Ser" -
1ª Edição: 1908
tradução e reedição em 2000: Petit Editora - São Paulo-SP

( Léon Denis - "Biografia" - 1846/1927 )
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- Desde que citada a fonte e mantido como está, esse texto pode ser livremente republicado -

 

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