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01/Março/2007:
O PROBLEMA DO SER Uma lei, já o dissemos, rege a evolução do pensamento assim como a evolução física dos seres e dos mundos; a compreensão do universo se desenvolve com o progresso do espírito humano. Essa concepção geral do universo e da vida foi expressa de mil maneiras, sob mil formas diferentes no passado. Ela o é hoje, em termos mais amplos, e o será sempre, com mais amplitude, à medida que a humanidade escalar os degraus de sua ascensão. A ciência vê alargar-se sem cessar o seu campo de exploração. Todos os dias, com a ajuda de seus poderosos instrumentos de observação e de análise, ela descobre novos aspectos da matéria, da força e da vida, mas o que ela constata o espírito já havia percebido há muito tempo, pois o vôo do pensamento está sempre adiante e supera os meios de ação da ciência positiva. Os instrumentos não seriam nada sem a inteligência, sem a vontade que os dirige. A ciência é incerta e mutável, renova-se sem cessar. Seus métodos, suas teorias e seus cálculos, edificados com bastante dificuldade, desabam diante de uma observação mais atenta ou uma indução mais profunda, para dar lugar a outras teorias que por sua vez não serão definitivas. A ciência nuclear, por exemplo, derrubou a teoria do átomo indivisível que, há dois mil anos, servia de base à física e à química. Quantas descobertas semelhantes demonstraram no passado a fraqueza do espírito científico ! Este só chegará à realidade quando se elevar acima da miragem dos fatos materiais, rumo à região das causas e das leis. Foi dessa maneira que a ciência pôde determinar os princípios imutáveis da lógica e da matemática. Não acontece o mesmo com os outros campos de pesquisa. O sábio, na maior parte das vezes, para ela leva os seus preconceitos, tendências e rotinas e todos os elementos de uma personalidade pouco desenvolvida, como podemos constatar no domínio dos estudos psíquicos, sobretudo na França, onde até agora foram encontrados poucos sábios corajosos e verdadeiramente esclarecidos para seguir uma estrada já amplamente trilhada pelas mais belas inteligências de outras nações. Apesar de tudo, o espírito humano avança passo a passo no conhecimento do ser e do universo. Nossas informações sobre a força e a matéria se modificam a cada dia; a personalidade humana se revela sob aspectos inesperados. Em presença de tantos fenômenos experimentalmente constatados, em presença de testemunhos que se acumulam de todas as partes, nenhum espírito inteligente e perspicaz pode continuar a negar a realidade da sobrevivência do espírito; nada mais pode escapar às conseqüências morais e ás responsabilidades que ela acarreta. O que dizemos da ciência, poderíamos igualmente dizer da filosofia e das religiões que surgiram no decurso dos séculos. Elas constituem outras tantas etapas ou trechos percorridos pela humanidade, ainda criança, elevando-se a planos espirituais cada vez mais vastos e ligados entre si. Em seu encadeamento, essas crenças diversas nos aparecem como o desenvolvimento gradual do ideal divino, refletido no pensamento, com tanto mais brilho e pureza quanto melhor e mais puro vai se tornando. É essa a razão pela qual as crenças e o conhecimento de um tempo ou de um meio parecem ser, para o tempo ou o meio em que reinam, a representação da verdade como os homens dessa época podem alcançá-la e compreendê-la, até que o desenvolvimento de suas faculdades e de sua consciência os torne aptos a perceber uma forma mais elevada, uma radiação mais intensa dessa verdade... (leia a íntegra no livro - capítulo 1 ).... Assim, gradualmente, os problemas mais obscuros se esclarecem; o além se entreabre; o lado divino dos seres e das coisas se revela. Pela força desses ensinamentos, cedo ou tarde, a alma humana subirá e, nas alturas que atingir, verá que tudo se liga, que as diferentes teorias, contraditórias e hostis em aparência, são apenas aspectos diversos de um mesmo todo. As leis dos majestosos universos se resumirão, para ela, numa lei única, força ao mesmo tempo inteligente e consciente, modo de pensamento e de ação. E, por ela, todos os mundos, todos os seres se acharão ligados numa mesma unidade poderosa, associados numa mesma harmonia, arrastados para um mesmo objetivo. Chegará o dia em que todos os pequenos sistemas, limitados e ultrapassados, se fundirão em uma vasta síntese, abrangendo todos os reinos da idéia. Ciência, filosofia, religião, hoje divididas, se reunirão na luz, e será então a vida, o esplendor do espírito, o reino do conhecimento. Nesse acordo magnífico, as ciências fornecerão a precisão e o método na ordem dos fatos; as filosofias, o rigor de suas deduções lógicas; a poesia, a irradiação de suas luzes e a magia de suas cores. A religião acrescentará a tudo isso as qualidades do sentimento e a noção da estética elevada. Assim se realizará a beleza na forma e na unidade do pensamento. A alma se orientará para os mais altos cimos, mantendo sempre o equilíbrio de relação necessário que deve regular a marcha paralela e ritmada da inteligência e da consciência, em sua ascensão à conquista do bem e da verdade. do Livro "O Problema do Ser" - ( Léon Denis -
"Biografia"
- 1846/1927 )
O PROBLEMA DO SER O espiritismo baseia-se num completo conjunto de fatos: uns simplesmente físicos nos têm revelado a existência e o modo de ação de forças há muito tempo desconhecidas; outros têm um caráter inteligente. São eles: a escrita direta ou automática, a tiptologia (manifestação dos espíritos por meio de toques, pancadas ou arranhões. Foi assim que em Rochester - EUA - se iniciou, com as irmãs Fox, a fase atual do espiritualismo, que com Allan Kardec - na França - viria a resultar na codificação da Doutrina Espírita), os discursos pronunciados em transe ou por incorporação. Todas essas manifestações, já as passamos em revista e já as analisamos em outra publicações (ver No Invisível, segunda parte). Vimos que elas são freqüentemente acompanhadas de sinais, de provas que estabelecem a identidade e a intervenção das almas humanas que viveram na Terra e que foram libertadas pela morte. Foi por meio desses fenômenos que os espíritos (chamamos espírito a alma revestida apenas de seu corpo sutil, sem o corpo carnal) espalharam seus ensinamentos no mundo, e esses ensinamentos foram, como veremos, confirmados experimentalmente em muitos lugares. O Espiritismo se dirige, portanto, ao mesmo tempo aos sentidos e à inteligência. Experimental, quando estuda os fenômenos que lhe servem de base; racional, quando verifica os ensinamentos que deles derivam. Constitui um instrumento poderoso para a busca da verdade, uma vez que pode servir simultaneamente em todos os domínios do conhecimento. As revelações dos espíritos, dizíamos, são confirmadas pela experiência. Sob o nome de fluidos, os espíritos nos têm ensinado teoricamente e demonstrado na prática, desde 1850 (codificação kardequiana), a existência das forças incalculáveis que a ciência rejeitava a priori. Sir W. Crookes (William Crookes - 1832/1919 - cientista inglês considerado o pai da física), entre os sábios que tinham grande autoridade, foi o primeiro que constatou a realidade dessas forças, e a ciência atual reconhece nelas, a cada dia, a importância e a variedade, graças às descobertas célebres de Roentgen, Hertz, Bacquerel, Curie, G. Le Bon, etc. Os espíritos afirmavam e demonstravam a ação possível da alma sobre a alma, em todas as distâncias, sem o auxílio dos órgãos, e essa ordem de fatos gerou oposição e incredulidade. Acontece que os fenômenos da telepatia, da sugestão mental, da transmissão dos pensamentos, observados e provocados hoje em todos os meios, vieram, aos milhares, confirmar essas revelações. Os espíritos ensinavam a preexistência, a sobrevivência, as vidas sucessivas da alma. E eis que as experiências de F. Colavida, E. Marata, as do Coronel De Rochas (os dois primeiros espanhóis e o terceiro francês, todos pesquisadores espíritas), as minhas, etc. estabeleceram que não apenas as lembranças dos menores detalhes da vida atual até a mais tenra infância e mais ainda as das vidas anteriores, estão gravadas nas profundezas da consciência. Um passado inteiro, ocultado no estado de vigília, reaparece, revive no estado de transe. De fato, essas lembranças puderam ser reconstituídas num certo número de pacientes adormecidos, como mais tarde o estabeleceremos, quando abordarmos mais especificamente essa questão. Vê-se que o Espiritismo não poderá, a exemplo das antigas doutrinas espiritualistas, ser considerado um puro conceito metafísico. Ele se apresenta com um caráter muito diverso e responde às exigências de uma geração educada na escola do criticismo e do racionalismo, que se tornou desconfiada dos exageros de um misticismo mórbido e agonizante. Hoje, já não basta crer; quer-se saber. Nenhuma concepção filosófica ou moral tem a chance de ter sucesso se não se apoiar sobre uma demonstração ao mesmo tempo lógica, matemática e positiva e se, além disso, não a coroar uma sanção que satisfaça a todos os nossos instintos de justiça. Pode-se observar que essas condições foram perfeitamente preenchidas por Allan Kardec na magistral exposição feita por ele em "o Livro dos Espíritos" ... (leia a íntegra no livro - capítulo 2 ) ... Quem poderia executar essa obra de análise, de triagem, de renovação ? Os homens estavam mal preparados para isso. Apesar dos avisos imperiosos dos últimos anos, apesar da decadência moral de nosso tempo, nenhuma voz autorizada se tem elevado, nem no santuário, nem nas cátedras acadêmicas, para dizer as palavras fortes e graves que o mundo esperava. O impulso só podia vir do alto. Ele veio. Todos aqueles que têm estudado o passado com atenção sabem que há um plano no drama dos séculos. O pensamento divino manifesta-se de maneiras diferentes e a revelação é graduada de mil maneiras, de acordo com as exigências das sociedades. Foi por isso que, havendo chegado a hora de uma nova revelação, o mundo invisível saiu de seu silêncio. Por toda a Terra as comunicações dos mortos afluíram, trazendo os elementos de uma doutrina em que se resumem e se fundem as filosofias e as religiões de duas humanidades. O propósito do Espiritismo não é destruir, mas unificar e completar, renovando. Ele vem separar, no domínio das crenças, o que está vivo do que está morto. Recolhe e reúne, dos numerosos sistemas em que até agora a consciência da humanidade se tem encerrado, as verdades relativas que eles contêm, para uni-las às verdades de ordem geral proclamadas por ele. Em resumo, o Espiritismo vincula à alma humana, ainda incerta e débil, as poderosas asas dos espaços infinitos e, por esse meio, eleva-a às alturas de onde pode abranger a vasta harmonia das leis e dos mundos e, ao mesmo tempo, obter uma visão clara do seu destino. E esse destino encontra-se incomparavelmente superior a tudo que as doutrinas da Idade Média e as teorias de outro tempo secretamente lhe haviam falado. É um futuro de imensa evolução que se abre para ela e que continua de esferas em esferas, de claridades em claridades, para um objetivo sempre mais belo, sempre mais iluminado pelos raios da justiça e do amor. ... ( continua no capítulo 3 ) ... do Livro "O Problema do Ser" - ( Léon Denis -
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- 1846/1927 ) |
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