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01/Abril/2007:
O PROBLEMA DO SER O primeiro problema que ocorre ao pensamento é o do próprio pensamento, ou, antes, o do ser pensante. Isto é, para todos nós, um assunto capital, que domina todos os outros, e cuja solução nos reconduz às próprias origens da vida e do universo. Qual é a natureza de nossa personalidade ? Ela comporta um elemento capaz de sobreviver à morte ? A essa questão estão ligadas todas as crenças, todas as esperanças da humanidade. O problema do ser e o problema da alma fundem-se num só: é a alma que fornece ao homem seu princípio de vida e de movimento. A alma humana é uma vontade livre e soberana; é a unidade consciente que domina todos os atributos, todas as funções, todos os elementos materiais do ser, assim como a alma divina domina, coordena e liga todas as partes do universo para harmonizá-las. A alma é imortal, porque o nada não existe, e nenhuma coisa pode ser destruída, nenhuma individualidade pode deixar de existir. A dissolução das formas materiais prova simplesmente que a alma é separada do organismo por meio do qual se comunicava com o meio terrestre. Ela não deixa, por esse fato, de prosseguir na sua evolução em novas condições, sob formas mais perfeitas sem perder nada de sua identidade. Cada vez que abandona o corpo terrestre, encontra-se novamente na vida do espaço, unida ao seu corpo espiritual, o perispírito, do qual é inseparável, à forma imponderável que preparou para si com os seus pensamentos e obras. Esse corpo sutil, essa duplicação fluídica, existe em nós em estado permanente. Embora invisível, serve, entretanto, de molde para nosso corpo material. Esse não representa, no destino do ser, o papel mais importante. O corpo visível, o corpo físico varia. Formado de acordo com as necessidades da etapa terrestre, é temporário e perecível; desagrega-se e se dissolve com a morte. O corpo sutil permanece; existe antes do nascimento, sobrevive às decomposições do túmulo e acompanha a alma em suas transmigrações. É o modelo, a matriz original, a verdadeira forma humana que vêm incorporar-se, por um tempo, nas moléculas da carne, e que se mantém no meio de todas as variações e de todas as correntes materiais. Mesmo durante a vida, essa forma sutil pode se separar do corpo carnal em certas condições e também agir, aparecer, manifestar-se a distância, como veremos adiante, provando, de maneira irrecusável, sua existência independente. ... (leia a íntegra no livro - capítulo 3 ).... A verdade sobre a natureza humana, sobre a vida e o destino, o bem e o mal, a liberdade e a responsabilidade não se descobrem no fundo das retortas (vaso de vidro ou de louça com o gargalo recurvado, voltado para baixo, apropriado para operações químicas) nem na ponta dos bisturis. A ciência material não pode julgar coisas do espírito. Apenas o espírito pode julgar e compreender o espírito, e isso em razão do grau de sua evolução. é a consciência das almas superiores, dos seus pensamentos, dos seus trabalhos, dos seus exemplos, dos seus sacrifícios que fazem jorrar a luz mais intensa e o mais nobre ideal que podem guiar a humanidade em seu caminho. O homem é, ao mesmo tempo, espírito e matéria, alma e corpo. Mas talvez espírito e matéria sejam apenas palavras que exprimem, de forma imperfeita, as duas formas de vida eterna, que dormita na matéria bruta e acorda na matéria orgânica, adquire atividade, se expande e se eleva no espírito. É possível haver, como alguns filósofos admitem, apenas uma essência única das coisas, ao mesmo tempo forma e pensamento, sendo a forma um pensamento materializado, e o pensamento a forma do espírito ? É possível. O saber humano é limitado e mesmo os olhares do gênio não passam de um rápido clarão no domínio das idéias e das leis. Todavia, o que caracteriza a alma e a diferencia absolutamente da matéria é sua unidade consciente. A matéria se dispersa e se dissipa sob a ação da análise. O átomo físico se subdivide em subátomos que, por sua vez, fragmentam-se indefinidamente. A matéria - como estabeleceram as recentes descobertas de Becquerel, Curie e Le Bon - é inteiramente desprovida de unidade. No universo, apenas o espírito representa o elemento uno, simples, indivisível, e, por isso, logicamente indestrutível, imperecível, imortal ! do Livro "O Problema do Ser" - ( Léon Denis -
"Biografia"
- 1846/1927 ) 30/Abril/2007:
O PROBLEMA DO SER A consciência, o EU, é o centro do ser, a própria essência da personalidade. Ser uma pessoa é ter uma consciência, um EU que reflete, examina-se, recorda-se. Porém, podem-se conhecer, analisar e descrever o EU, seus mistérios ocultos, suas forças latentes, seus gérmens fecundos, suas atividades silenciosas ? As psicologias, as filosofias do passado o tentaram em vão e apenas tocaram de leve a superfície do ser consciente. Suas camadas internas e profundas permaneceram obscuras, inacessíveis, até o dia em que as experiências do hipnotismo, do Espiritismo, da regressão da memória finalmente projetaram aí alguma luz. Então se pôde ver que em nós se reflete, se repercute todo o universo, em sua dupla imensidade de espaço e de tempo. Dizemos 'de espaço' , pois a alma, em suas livres e plenas manifestações, não conhece as distâncias. Dizemos 'de tempo', pois um passado inteiro dorme nela, onde o futuro, ao seu lado, permanece no estado de embrião. As escolas antigas admitiam a unidade e a continuidade do EU, a permanência, a identidade perfeita da personalidade humana e sua sobrevivência. Seus estudos eram baseados no sentir íntimo, no que, hoje em dia, chamamos de introspecção. A nova psicologia experimental considera a personalidade como um agregado, um composto, uma 'colônia'. Para ela, a unidade do ser é apenas aparente e pode se decompor. O EU é uma coordenação passageira, disse Th. Ribot (Les maladies de la personnalité - as doenças da personalidade). Essas afirmações baseiam-se em fatos de experiência, que não podem ser deixados à parte, tais como: vida intelectual inconsciente, alterações da personalidade, etc. Como aproximar e conciliar teorias tão diferentes e contudo baseadas, ambas, na ciência da observação ? De uma maneira bem simples. Pela própria observação, mais atenta, mais rigorosa. F. Myers disse-o por estes termos: "Uma pesquisa mais profunda, mais ousada, na própria direção que os psicólogos (materialistas) recomendam, mostra que eles se enganaram ao afirmar que a análise não provava a existência de nenhuma faculdade acima das que a vida terrestre, tal como eles a concebem, é capaz de produzir, e o meio terrestre de utilizar. Mas, em realidade, a análise revela os traços de uma faculdade que a vida material ou planetária nunca poderia ter gerado e cujas manifestações implicam e fazem necessariamente supor a existência de um mundo espiritual. "Por outro lado, e em favor dos partidários da unidade do EU, pode-se dizer que os novos dados são de natureza a fornecer às suas pretensões uma base mais sólida e uma prova presumível que se avantaja em força a todas as que eles poderiam ter imaginado, a prova, especialmente de que o EU pode sobreviver, e de fato sobrevive, não apenas às desintegrações secundárias que o afetam no decorrer de sua vida terrestre, mas também à desintegração final que resulta da morte corporal. O EU consciente de cada um de nós está longe de compreender a totalidade de nossas faculdades. Existem uma consciência mais vasta e faculdades mais profundas, em que a maior parte permanece virtual no que se relaciona à vida terrestre, de onde a consciência e as faculdades se desprenderam apenas em conseqüência de uma seleção, e que se afirmam de novo em toda a sua plenitude após a morte. "Tenho sido, há cerca de 14 anos, lentamente levado a essa conclusão, que revestiu para mim sua forma atual em conseqüência de uma longa série de reflexões baseadas em provas cujo número ia aumentando progressivamente". ... (leia a íntegra no livro - capítulo 4 ).... As perturbações sempre acompanham o desenvolvimento do organismo até sua expansão completa, do mesmo modo que antecedem o aparecimento de cada novo ser na Terra. Em nossos esforços dolorosos para maior grandiosidade da vida, os valores mórbidos transmutam-se em forças morais. Nossas necessidades são instintos em união que se concretizam em novos sentidos para adquirir mais poder e conhecimento. Até mesmo no estado comum, acordados e lúcidos, revelações e impulsos do EU profundo podem remontar até as camadas exteriores da personalidade, trazendo intuições, percepções, lampejos bruscos sobre o passado e o futuro do ser, que demonstram faculdades bastante extensas que não pertencem ao EU normal. A essa categoria de fenômenos é preciso juntar a maior parte dos casos de animismo. Dizemos a maior parte, pois há outros, sabemos, que têm como causa agentes externos e invisíveis - esses são casos mediúnicos. Há em nós uma espécie
de reservatório de águas subterrâneas de onde, em
certas horas, jorra e sobe à superfície, uma corrente
rápida e em ebulição. Os profetas, os mártires
de todas as religiões, os missionários, os inspirados,
os entusiastas de todos os gêneros e de todas as escolas conheceram
esses impulsos surdos e poderosos. Eles nos têm brindado com as
maiores descobertas, revelando aos homens a existência de um mundo
superior. do Livro "O Problema do Ser" - ( Léon Denis -
"Biografia"
- 1846/1927 ) |
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Pensamento do Dia - Esta página
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