PENSAMENTO DO DIA
PENSAMENTOS e FILOSOFIA

JULHO de 2007


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01/Julho/2007:

“ O PROBLEMA DO SER ”
- Manifestações Depois da Morte - parte do Cap 7 -
( capítulos 6 - capítulos 8 )

“ No capítulo anterior, acabamos de seguir o espírito do homem nas suas diferentes fases de desprendimento: sono comum, sono magnético, sonambulismo, transmissão do pensamento, telepatia sob todas as suas formas. Vimos que sua sensibilidade e seus meios de percepção aumentam à medida que os laços que o prendem ao corpo se afrouxam. Vamos vê-lo agora no estado de liberdade absoluta, ou seja, após a morte, manifestando-se física e intelectualmente aos seus amigos da Terra. Nenhuma fronteira separa esses diferentes estados psíquicos. Mesmo que aconteçam durante ou após a vida material, são idênticos em suas causas, em suas leis, em seus efeitos; produzem-se segundo modos constantes.

Há continuidade absoluta e gradação entre todos esses fatos; dessa forma, desaparece a noção do sobrenatural que, por muito tempo, os tornou suspeitos aos olhos da ciência. O antigo adágio: a natureza não dá saltos, verifica-se mais uma vez. A morte não é um salto; é a separação e não a extinção dos elementos que constituem o homem terrestre; é a passagem do mundo visível para o invisível, cuja delimitação é puramente arbitrária, em razão simplesmente da imperfeição de nossos sentidos. A vida de cada um de nós no além é o prolongamento natural e lógico da vida atual, o desenvolvimento da parte invisível de nosso ser. Há um encadeamento coerente tanto no domínio psíquico quanto no físico.

Vimos que nas duas ordens de aparições, seja dos vivos exteriorizados, seja dos desencarnados, é sempre a forma fluídica, o veículo da alma, reprodução ou, antes, esboço do corpo físico que se concretiza e se torna perceptível para os sensitivos. A ciência, depois dos trabalhos de Becquerel, Curie, Le Bon, etc., familiariza-se dia após dia com esses estados sutis e invisíveis da matéria, com esses fluidos utilizados pelos espíritos em suas manifestações, os quais os espíritas conhecem bem. Graças às recentes descobertas, a ciência entrou em contato com um mundo de elementos, de forças, de potências insuspeitáveis e com a possibilidade de formas de existência durante muito tempo ignoradas.

Os sábios que estudaram o fenômeno espírita: William Crookes, Wallace, Dale Owen, Aksakof, O. Lodge, Paul Gibier, F. Myers, etc. constataram inúmeros casos de aparições de espíritos. O espírito de Katie King, que se materializou durante três anos na casa do senhor Crookes, membro da Real Academia Britânica, foi fotografado em 26 de março de 1874 na presença de um grupo de experimentadores (ver W. Crookes: Recherches sur les phénomènes du spiritualisme - Pesquisas sobre os fenômenos do espiritualismo).

O mesmo aconteceu com os espíritos de Abdullah e de John King, fotografados por Aksakof. O acadêmico Wallace e o doutor Thompson obtiveram a fotografia do espírito de sua mãe, falecida havia muitos anos (Aksakof: Animismo e Espiritismo).

Myers fala de 231 casos de aparições de espíritos de pessoas mortas. Cita alguns tirados dos Phantasms (La Personnalité humaine) . Assinalemos, entre eles, uma aparição anunciando uma morte que aconteceria em breve:

"Um caixeiro-viajante, homem bastante positivo, teve numa manhã a visão de uma de suas irmãs, que havia falecido havia nove anos. Quando contou o fato à família, foi ouvido com incredulidade e ceticismo. Porém, ao descrever sua visão, mencionou a existência de um arranhão na face da irmã. Esse detalhe espantou de tal modo sua mãe, que ela caiu desmaiada. Depois que voltou a si, contou que havia sido ela que, sem querer, havia feito esse arranhão no rosto da filha no momento em que a colocara no caixão e que, em seguida, para o disfarçar, tinha coberto com pó, de tal modo que ninguém no mundo sabia desse detalhe. O sinal que seu filho havia percebido era uma prova de veracidade de sua visão, e ela viu nisso ao mesmo tempo o anúncio de sua morte que, de fato, aconteceu algumas semanas depois (é necessário lembrar que o espírito quis aparecer com esse arranhão somente para dar uma prova de sua identidade. Acontece o mesmo em muitos casos em que os espíritos se mostram com roupas ou atributos que constituíam outros tantos elementos de convicção para os assistentes).”

... (leia a íntegra no livro - capítulo 7 )....

“ A palavra possessão ou posse, de que acabamos de nos servir, foi muitas vezes tomada em sentido lamentável. Antigamente, atribuía-se aos fatos que ela designa um caráter diabólico e terrível. Porém, como muito bem disse F. Myers (No Invisível): "O diabo não é uma criatura reconhecida pela ciência. Nesses fenômenos, achamo-nos somente em presença de espíritos que foram, antigamente, pessoas semelhantes a nós e que hoje são animados pelos mesmos motivos que nos inspiram".

A esse propósito, F. Myers levanta uma questão: a possessão é, algumas vezes, absoluta ? E ele responde nesses termos: "A teoria diz que nenhuma das correntes conhecidas da personalidade humana esgota toda a sua consciência e que nenhuma de suas manifestações conhecidas exprime toda a potencialidade de seu ser, e isso pode, igualmente, se aplicar aos desencarnados".

Chegaríamos então ao ponto central da vida humana, à mola secreta, à ação íntima e misteriosa do espírito sobre um cérebro, quer sobre o dele próprio, quer, nos casos de que nos ocupamos, sobre um cérebro estranho. Considerada sob este aspecto, a questão toma uma importância capital em psicologia. F. Myers acrescenta:

"Por meio desses estudos, as comunicações irão se tornar cada vez mais fáceis, completas, coerentes e atingirão um patamar mais elevado de consciência unitária. As dificuldades devem ter sido grandes e numerosas, mas não poderia ser de outro modo quando se trata de reconciliar o espírito com a matéria e de abrir ao homem, do planeta onde está aprisionado, uma fresta para o mundo espiritual".

Vê-se que, graças a experiências, a observações, a testemunhos mil vezes repetidos, a existência e a sobrevivência da alma saem, de hoje em diante, do domínio da hipótese ou do simples conceito metafísico para tornar-se uma realidade viva, um fato rigorosamente estabelecido. O sobrenatural foi vencido; o milagre é apenas uma palavra. Todos os terrores, todas as superstições que sugeriam aos homens a idéia da morte desapareceram. Nossa concepção de vida universal e da obra divina se fortifica, assim como nossa confiança no futuro. Vemos, sob as formas alternadas de existência carnal e fluídica, o progresso do ser, o desenvolvimento da personalidade prosseguindo, e uma lei suprema presidindo à evolução das almas através do tempo e do espaço.”
- capítulos 8 -

do Livro "O Problema do Ser" -
1ª Edição: 1908
tradução e reedição em 2000: Petit Editora - São Paulo-SP

( Léon Denis - "Biografia" - 1846/1927 )
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- Desde que citada a fonte e mantido como está, esse texto pode ser livremente republicado -

 

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