PENSAMENTO DO DIA
PENSAMENTOS e FILOSOFIA

JUNHO de 2007


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01/Junho/2007:

“ O PROBLEMA DO SER ”
- Desprendimento e Exteriorização, Projeções Telepáticas - parte do Cap 6 -
( capítulos 5 - capítulos 7 )

“ Chegamos agora a uma ordem de manifestações que se produzem a distância, sem o auxílio dos órgãos, tanto em vigília quanto durante o sono. Esses fenômenos, conhecidos sob o termo um tanto genérico e vago de telepatia, não são, como dissemos, atos doentios da personalidade, como certos observadores têm anunciado, mas, ao contrário, são casos parciais, são o desabrochar da vida superior no seio da humanidade. Devemos ver neles a primeira aparição dos poderes futuros com os quais o homem será dotado.

O exame desses fatos nos levará à prova de que o EU exteriorizado durante a vida e o EU que sobrevive após a morte são idênticos e representam dois aspectos sucessivos da existência de um único e mesmo ser.

A telepatia ou projeção a distância do pensamento e até mesmo da imagem do manifestante nos faz subir mais um degrau na escala da vida psíquica. Aqui, achamo-nos em presença de um ato poderoso da vontade. A alma comunica a si própria, ao emanar sua vibração; demonstração evidente de que a alma não é um composto, uma resultante nem uma associação de forças, mas é, ao contrário, o centro da vida e da vontade em nós, um centro dinâmico que comanda o organismo e dirige-lhe as funções. As manifestações telepáticas não têm limites. O poder e a independência da alma revelam-se nelas de maneira soberana, porque o corpo não representa nenhum papel no fenômeno, ou melhor, é mais um obstáculo do que uma ajuda. Elas também se produzem, por esse motivo, com uma intensidade ainda maior depois da morte, como veremos a seguir.

A a autoprojeção é o único ato definido que o homem parece capaz de executar tanto antes como depois da morte corporal", diz F. Myers (La personnalité humaine - A personalidade humana).

A comunicação telepática a distância foi estabelecida por experiências que se tornaram clássicas. Devemos nos lembrar das do senhor Pierre Janet, professor de Sorbonne, e do doutor Gilbert, do Havre, com o paciente Léone, trazendo-o até eles, à noite, de um quilômetro de distância, mediante chamamentos sugestivos.

Desde então as experiências foram se multiplicando com sucesso constante. Citemos apenas casos de transmissão de pensamento a grande distância.

O Daily Express, de 17 de julho de 1903, relatava notáveis ensaios de permuta de pensamentos que haviam acontecido nos escritórios da Review of Reviews, em Norfolk Street, Strand, Londres. Essas experiências foram fiscalizadas por um comitê de seis membros, da qual faziam parte o doutor Wallace, da Harley Street, 39, e o conhecido publicista W. Stead. As mensagens telepáticas foram enviadas pelo senhor Richardson, de Londres, e recebidas pelo senhor Franck, de Nottingham, a uma distância de 110 milhas inglesas (medida de distância equivalente a 1609 metros).

Finalmente, o Banner of Light, de Boston, de 12 de agosto de 1905, relatava que uma americana, a senhora Burton Johnson, de Des Moines, acabava de obter o recorde nesse gênero de transmissão. Sentada no seu quarto do Hotel Vitória, recebeu quatro vezes mensagens telepáticas de Palo Alto (Califórnia), que fica 3.000 milhas de distância. Tratava-se, dizia o jornal, de fatos devidamente comprovados, rigorosamente fiscalizados e que não deixavam nenhuma dúvida.

A transmissão de pensamentos e de imagens opera-se, como dissemos, tanto no sono como na vigília. Já relatamos diversos casos; outros serão encontrados, em grande número, em obras especiais; citemos os exemplos de um médico chamado telepaticamente durante a noite e o de Agnés Paquet, mencionados por F. Myers (Phantasms of the living - Fantasmas da Vida). Acrescentemos o caso da senhora Elgee: ela teve, no Cairo, a visão de um de seus amigos que, naquele mesmo momento, na Inglaterra, pensava muito nela.

"Nos seus últimos dias de vida, minha mãe me via muitas vezes junto dela, em Tours, embora eu estivesse bem longe dali, em viagem, pelo orienta da França".

Todos esses fenômenos podem ser explicados pela projeção da vontade do manifestante, que evoca a própria imagem do agente. Nos casos a seguir, veremos a personalidade psíquica, a alma, se afastar totalmente de seu envoltório corporal e aparecer em sua forma de fantasma. A esse respeito, há muitos testemunhos.

Relatamos em outra obra (Depois da Morte) os resultados dos inquéritos da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Londres. Elas permitiram recolher cerca de mil casos de aparições a distância de pessoas vivas, apoiados por atestados de alto valor. Os testemunhos foram registrados em muitos volumes, sob a forma de autos ou processos. Eles trazem as assinaturas de homens de ciência pertencentes a academias ou a diversos corpos científicos. Entre esses nomes, figuram os de Gladstone (político inglês de grande destaque - foi primeiro-ministro), Balfour (físico inglês), etc.

Atribui-se a esses fenômenos, geralmente um caráter subjetivo. Mas essa opinião não resiste a um exame atento. Certas aparições foram vistas sucessivamente por diversas pessoas, nos diferentes andares de uma casa; outras impressionaram animais: cães, cavalos, etc. Em certos casos, os fantasmas atuam sobre a matéria, abrem portas, deslocam objetos e deixam indícios no pó que cobre os móveis. Ouvem-se vozes que dão informações sobre fatos ignorados e cuja exatidão foi mais tarde reconhecida.”

... (leia a íntegra no livro - capítulo 6 )....

“ Assim, a alma humana sempre se elevará, subindo a escala dos desenvolvimentos infinitos. Chegará o tempo em que a inteligência predominará cada vez mais, desprendendo-se da crisálida carnal, estendendo, afirmando seu império sobre a matéria, criando com seus esforços novos e mais amplos meios de percepção e manifestação. Os sentidos, por sua vez, apurados, verão se ampliar seu círculo de ação. O cérebro humano se tornará um templo misterioso, de naves vastas e profundas, cheias de harmonias, vozes, perfumes, instrumento admirável ao serviço de um espírito que se tornou mais sutil e mais poderoso.

Ao mesmo tempo que a personalidade humana - alma e organismo - a pátria terrestre se transformará. Para que o meio evolua é preciso que, primeiramente, o indivíduo evolua. É o homem quem faz a humanidade. e a humanidade, por sua ação constante, transforma sua morada. Há equilíbrio absoluto e relação íntima entre o moral e o físico. O pensamento e a vontade são as ferramentas por excelência com as quais podemos transformar tudo em nós e ao redor de nós. Tenhamos apenas pensamentos elevados e puros; aspiremos a tudo o que é grande, nobre e belo. Pouco a pouco sentiremos nosso próprio ser se regenerar e, com ele, do mesmo modo, todas as camadas sociais, o globo e a humanidade !

Em nossa ascensão, chegaremos a compreender melhor e a praticar essa comunhão universal que une todos os seres. Inconsciente nos estados inferiores da existência, essa comunhão torna-se cada vez mais consciente à medida que o ser se eleva e percorre os degraus inumeráveis da evolução, para chegar, um dia, ao estado de espiritualidade em que cada alma, irradiando o brilho das potências adquiridas, nos impulsos de seu amor, vive da vida de todos e se sente unida a todos na obra eterna e infinita. ”
- capítulos 7 -

do Livro "O Problema do Ser" -
1ª Edição: 1908
tradução e reedição em 2000: Petit Editora - São Paulo-SP

( Léon Denis - "Biografia" - 1846/1927 )
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- Desde que citada a fonte e mantido como está, esse texto pode ser livremente republicado -

 

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