01/Setembro/2004:
A FLORESTA
Em vão com o mundo
da floresta privas!...
- Todas as hermenêuticas sondagens,
Ante o hieróglifo e o enigma das folhagens,
São absolutamente negativas!
Araucárias, traçando
arcos de ogivas,
Bracejamentos de álamos selvagens,
Como um convite para estranhas viagens,
Tornam todas as almas pensativas!
Há uma força vencida
nesse mundo!
Todo o organismo florestal profundo
É dor viva, trancada num disfarce...
Vivem só, nele, os elementos
broncos,
- As ambições que se fizeram troncos,
Porque nunca puderam realizar-se!
( Augusto dos Anjos - Biografia
- 1884/1914 )
02/Setembro/2004:
AS LEIS SUPREMAS
Segundo Lotz,
- o homem nunca possui plenamente a compreensão,
definitivamente válida,
de tudo o que se designa sabedoria,
mas luta sempre, ansiosamente,
por atingir este alvo.
Tudo emana de Deus e Sua criação
é incessante e eterna.
Na Sua Onisciência vê o futuro,
porque não está adstrito às limitações
do tempo e espaço como nós.
Sendo a Perfeita Justiça, Deus não perdoa,
não estabelece privilégios: age através de Suas
leis,
já por si só, sábias e justas.
Todos os fatos têm uma causa
natural,
nem sempre aceita ou entendida
pela precária inteligência humana.
MILAGRE,
é vocábulo que deveria ser banido dos dicionários,
visto que a ocorrência de fatos sobrenaturais
significaria a derrogação das leis divinas.
A destinação de
todas as coisas,
e de todas as criaturas, é a EVOLUÇÃO
- grande fatalidade da Lei Suprema -
mas sua rapidez, todavia,
está sempre subordinada
ao Livre Arbítrio das criaturas.
( Aureliano Alves Netto - Artigos
- xxx/xxxx )
03/Setembro/2004:
NÃO É
MAIS FORMOSA A AURORA !
[Em trecho de uma carta
à mãe, Dona Córdula Carvalho dos Anjos, o
poeta diz...] -'O cacho de flores do tamarindo inspirou à minha
escassa
faculdade improvisatória os seguintes versos':
Não é mais formosa
a aurora!
Que cacho de flores lindo
Parece um menino rindo
No altar de Nossa Senhora
E, depois, que dor me abrasa,
Meu Deus, que desesperança!
Cada flor é uma lembrança
Da gente de minha casa.
Como a vida parece
Triste, sem o tamarindo,
Ah! se ele tivesse vindo
Mas foi "melhor" que não viesse!
Foi melhor, e a alma não
erra
Porque para alma exilada
É melhor nunca ver nada
Dos campos de sua terra.
Às vezes basta uma flor
Para repentinamente
Assim como um ferro quente
Eternizar nossa dor.
Não posso estar bem aqui!
Nem sei mesmo se há lugar
Que eu possa um dia trocar
Pela terra em que nasci
Todos os dias eu vou
À rua das minhas dores,
Mostrar o cacho de flores
Que minha mãe me mandou
( Augusto dos Anjos - Biografia
- 1884/1914 )
06/Setembro/2004:
UM MUNDO MELHOR
Nosso planeta está
passando por um momento de mudanças. A par de um progresso extraordinário
no campo da tecnologia, da ciência, da medicina, do avanço
da informática que traz para nossos lares o mundo inteiro à
nossa disposição, as pessoas são vítimas
de uma violência sem limites. O egoísmo faz com que os
povos se agridam e parece que a guerra, embora não declarada,
está nas ruas de todas as cidades em todos os continentes. Mata-se
pessoas como se mata um inseto. O dinheiro domina o mundo, e milhões
de seres humanos vivem de maneira miserável, sem moradia, sem
roupas, sem alimentos e sem acesso à educação.
Para muitos, é o apocalipse now. Mas nem tudo está
perdido.
As olimpíadas de Atenas
nos mostraram ser possível a convivência harmoniosa e pacífica
entre todos os povos. Houve competição dentro do respeito
e da camaradagem. Os vencedores demonstraram sua alegria sem menosprezar
os vencidos. O patriotismo dos atletas ao ouvir o hino de seu país
e ao ganhar uma medalha ficou dentro dos limites do respeito pelo adversário
e todos os povos disputaram os duelos dentro do campo do esporte, em
sadia competição.
Tiramos dessas olimpíadas
um grande número de lições. A maior delas foi o
ocorrido na disputa da maratona. Um enorme contingente de atletas dos
mais diversos países iniciou uma difícil tarefa na prova
mais esperada de velocidade, resistência e força física.
Um atleta, um brasileiro, de nome Vanderlei Cordeiro de Lima, se destacou
dos demais. Liderou a prova por largo tempo, e cada vez se distanciava
mais de seus adversários, correndo célere em busca da
tão sonhada medalha de ouro. De súbito, um indivíduo
saiu do meio da multidão, entrou na pista e empurrou o atleta
para o acostamento, segurando-o e impedindo os seus movimentos. Nosso
atleta perdeu um tempo precioso para se desvencilhar do inoportuno personagem
e custou a se recuperar e entrar de novo no ritmo da prova. Como resultado
foi ultrapassado por dois outros atletas, que alcançaram as medalhas
de ouro e prata, respectivamente. Reunindo todas as suas forças,
Vanderlei continuou a correr e cruzou a linha de chegada em terceiro
lugar, alcançando a medalha de bronze, sob os aplausos da torcida
de todos os países, que aclamaram o atleta brasileiro como um
herói. Foi um bronze com valor de ouro. Mas o maior exemplo dado
por Vanderlei foi sua humildade. Em momento algum teve ele palavras
de ódio ou de crítica ao seu agressor, limitando-se a
agradecer a Deus pela conquista.
São coisas assim que nos
fazem crer que um dia nosso mundo será melhor, e que o amor pode
construir um mundo de paz, de respeito, de trabalho, que unirá
todos os povos para a construção da nova civilização
do terceiro milênio, uma civilização sem miséria,
sem guerras, sem violência, com progresso e com paz.
( Ary Brasil Marques - Artigos
- xxxx/xxxx )
08/Setembro/2004:
CAMPO DE FLORES
Deus me deu um amor no
tempo de madureza,
quando os frutos ou não são colhidos ou sabem a verme.
Deus - ou foi talvez o Diabo - deu-me este amor maduro,
e a um e outro agradeço, pois que tenho um amor.
Pois que tenho um amor, volto
aos mitos pretéritos
e outros acrescento aos que amor já criou.
Eis que eu mesmo me torno o mito mais radioso
e talhado em penumbra sou e não sou, mas sou.
Mas sou cada vez mais, eu que
não me sabia
e cansado de mim julgava que era o mundo
um vácuo atormentado, um sistema de erros.
Amanhecem de novo as antigas manhãs
que não vivi jamais, pois jamais me sorriram.
Mas me sorriram sempre atrás
de tua sombra
imensa e contraída como letra no muro
e só hoje presente.
Deus me deu um amor porque o mereci.
De tantos que já tive ou tiveram em mim,
o sumo se espremeu para fazer um vinho
ou foi sangue, talvez, que se armou em coágulo.
E o tempo que levou uma rosa indecisa
a tirar sua cor dessas chamas extintas
era o tempo mais justo. Era tempo de terra.
Onde não há jardim, as flores nascem de um
secreto investimento em formas improváveis.
Hoje tenho um amor e me faço
espaçoso
para arrecadar as alfaias de muitos
amantes desgovernados, no mundo, ou triunfantes
e ao vê-los amorosos e transidos em torno,
o sagrado terror converto em jubilação.
Seu grão de angústia
amor já me oferece
na mão esquerda. Enquanto a outra acaricia
os cabelos e a voz e o passo e a arquitetura
e o mistério que além faz os seres preciosos
à visão extasiada.
Mas, porque me tocou um amor crepuscular,
há que amar diferente. De uma grave paciência
ladrilhar minhas mãos. E talvez a ironia
tenha dilacerado a melhor doação.
Há que amar e calar.
Para fora do tempo arrasto meus despojos
e estou vivo na luz que baixa e me confunde.
( Drummond - Carlos
Drummond de Andrade - 1902/1987
)
09/Setembro/2004:
BÊNÇÃO
Quando, por uma lei das
supremas potências,
O Poeta se apresenta à platéia entediada,
Sua mãe, estarrecida e prenhe de insolências,
Pragueja contra Deus, que dela então se apieda:
'Ah! tivesse eu gerado um ninho
de serpentes,
Em vez de amamentar esse aleijão sem graça!
Maldita a noite dos prazeres mais ardentes
Em que meu ventre concebeu minha desgraça!
Pois que entre todas neste mundo
fui eleita
Para ser o desgosto de meu triste esposo,
E ao fogo arremessar não posso, qual se deita
Uma carta de amor, esse monstro asqueroso.
Eu farei recair teu ódio
que me afronta
Sobre o instrumento vil de tuas maldições,
E este mau ramo hei de torcer de ponta a ponta,
Para que aí não vingue um só de seus botões!'
Ela rumina assim todo o ódio
que a envenena,
E, por nada entender dos desígnios eternos,
Ela própria prepara ao fundo da Geena
A pira consagrada aos delitos maternos.
Sob a auréola, porém,
de um anjo vigilante,
Inebria-se ao sol o infante deserdado,
E em tudo o que ele come ou bebe a cada instante
Há um gosto de ambrósia e néctar encarnado.
Às nuvens ele fala, aos
ventos desafia
E a via-sacra entre canções percorre em festa;
O Espírito que o segue em sua romaria
Chora ao vê-lo feliz como ave da floresta.
Os que ele quer amar o observam
com receio,
Ou então, por desprezo à sua estranha paz,
Buscam quem saiba acometê-lo em pleno seio,
E empenham-se em sangrar a fera que ele traz.
Ao pão e ao vinho que lhe
servem de repasto
Eis que misturam cinza e pútridos bagaços;
hipócritas, dizem-lhe o tato ser nefasto,
E se arrependem por lhe haver cruzado os passos.
Sua mulher nas praças perambula
aos gritos:
'Pois se tão bela sou que ele deseja amar-me,
Farei tal qual os ídolos dos velhos ritos,
E assim, como eles, quero inteira redourar-me;
E aqui, de joelhos, me embebedarei
de incenso,
De nardo e mirra, de iguarias e licores,
Para saber se desse amante tão intenso
Posso usurpar sorrindo os cândidos louvores.
E ao fatigar-me dessas ímpias
fantasias,
Sobre ele pousarei a tíbia e férrea mão;
E minhas unhas, como as garras das Harpias,
Hão de abrir um caminho até seu coração.
Como ave tenra que estremece e
que palpita,
Ao seio hei de arrancar-lhe o rubro coração,
E, dando rédea à minha besta favorita,
Por terra o deitarei sem dó nem compaixão! '
Ao Céu, de onde ele vê
de um trono a incandescência,
O Poeta ergue sereno as suas mãos piedosas,
E o fulgurante brilho de sua vidência
Ofusca-lhe o perfil das multidões furiosas:
'Bendito vós, Senhor, que
dais o sofrimento,
Esse óleo puro que nos purga as imundícias
Como o melhor, o mais divino sacramento
E que prepara os fortes às santas delícias!
Eu seu que reservais um lugar
para o Poeta
Nas radiantes fileiras das santas Legiões,
E que o convidareis à comunhão secreta
Dos Tronos, das Virtudes, das Dominações.
Bem sei que a dor é nossa
dádiva suprema,
Aos pés da qual o inferno e a terra estão dispersos,
E que, para talhar-me um místico diadema,
Forçoso é lhes impor os tempos e universos.
Mas nem as jóias que em
Palmira reluziam,
As pérolas do mar, o mais raro diamante,
Engastados por vós, ofuscar poderiam
Este belo diadema etéreo e cintilante;
Pois que ela apenas será
feita de luz para,
Arrancada à matriz dos raios primitivos,
Onde os olhos mortais, radiantes de ventura,
nada mais são que espelhos turvos e cativos!'
( Baudelaire - Charles
Pierre Baudelaire - 1821/1867 )
10/Setembro/2004:
À MODA DE SALOMÃO
Mais linda que um alvorecer,
és formosa como Raquel,
num raro dia de paz
da aprazível Jerusalém.
Formosos são os teus passos,
E é verde o brilho debaixo do véu,
sobre as faces de carmim.
Tua beleza nasce e renasce
entre renovos do vale,
onde brotam e florescem vides.
Imagino-me no carro dos sonhos,
enquanto um beija-flor te contempla,
oh! inimitável Sulamita,
mestra em dança de Maanaim.
Tuas sandálias,
Oh! filha do príncipe,
espelham os meneios de teus quadris.
Teu umbigo, oh! menina-moça
do vale dourado,
É taça em que não falta bebida.
Sumo e cheiro de rosas em cio !
( Wanderlino Arruda - Biografia
- 1934/**** )
13/Setembro/2004:
CANTARES DE AMOR
Explodindo meu amor,
se não o sabes,
oh! mais formosa das mulheres,
oh! mais linda e minha:
é entre o translúcido
do mais puro mel,
que apascentas os cabritos,
até os limites da tenda
deste teu alegre pastor.
Às poldras do carro do
Faraó,
às graciosas sílfides do amor,
te comparo, te vejo
e sinto, oh! querida minha,
oh! encanto de mulher-menina.
Fogosas são tuas faces,
sonoro teu jeito de ser
harmonia muita, formosura sim!
Entre os colares de teus seios,
te farei enfeites de ouro,
te cobrirei de diamantes
Tudo incrustado em sonhos.
Tudo !
( Wanderlino Arruda - Biografia
- 1934/**** )
14/Setembro/2004:
AMADA EM VALES DE HEBROM
À tua mesa, respiro
flores
degusto matizes,
alimento sonhos,
passeio nas ondas do amor.
Encantador é o amanhecer,
porque perfuma e brilha nardo
do mais cintilante jardim.
Chuva e sol!
Entre bolhas de amor,
o beijo da minha amada
saltita em saquitel de mirra.
Suspira o melhor viver.
O toque da minha amada
chega entre carinhos,
como flores de hena
das vinhas de En-Gedi,
quase longe dos vales de Hebrom.
( Wanderlino Arruda - Biografia
- 1934/**** )
15/Setembro/2004:
AMOR ENCANTAMENTO
Um encanto existe,
estado d'alma de doce enlevo,
um quê de alegria verdadeira,
algo que diz do bom-viver,
visão de eterna busca:
pequenas coisas, simplicidade,
procura ansiosa e constante.
Sinto, entendo, sinto
que o grande presente da vida,
é dádiva de multisséculos,
em gerações sem fim.
O ser feliz é estar amando
e ser amado,
de tempo em tempo,
ou em todo o tempo,
não só do agora.
( Wanderlino Arruda - Biografia
- 1934/**** )
16/Setembro/2004:
QUINZE ANOS, MENINA-MOÇA
Idade linda, menina-moça
é ter quinze anos em flor,
idade de sonhos, idade de ternura,
tempo ideal de viver.
Quinze anos é encantamento,
magia de luz,
magia de sonhos,
e doce novidade em futuro.
Quinze anos, menina-moça,
marca frescor de perfume
e cheiro de alvorecer,
tudo suave e doce,
tempo de mais beleza.
Quinze anos, oh menina-moça,
que promessa de mulher,
que desenho de porvir.
Aos quinze, menina-moça,
você é mais do que feliz,
lindamente feliz,
quando o mundo acredita em você.
Nada de enganos ou desenganos,
Porque para os quinze não há passado:
da vida acenos, sabor de mel,
alegria de brisa no olhar de flirt.
Quinze anos, menina-moça
É frisson de primeiro amor,
deliciosa sensação de Primavera !
( Wanderlino Arruda - Biografia
- 1934/**** )
17/Setembro/2004:
INFINITA INFINITUDE
Céu em cor de infinito,
tempo futuro,
liame-ouro em tons de prata,
belo horizonte
de hálito-vida e sobrevida,
no imortal de sempre.
Infinitude é felicidade
plena,
de invisíveis segundos
e minuto-encanto.
Infinitude é doce-mel,
séculos de multi-séculos,
na emoção do amor.
Na infinitude, o hoje é
mais.
Ontem e amanhã mandam sorrisos
e silenciam lembranças,
além do ser
e do não-ser.
Infinitude sim,
infinitude assim,
é gesto muito,
carinho prisma
de sentimento-luz,
na tecelagem-sonho
da mãe-criança.
Infinitude,
início e fim,
eterno bem !
( Wanderlino Arruda - Biografia
- 1934/**** )
20/Setembro/2004:
BONS DIAS BEM VIVIDOS
Doce lembrança,
saudades,
adoráveis sentimentos,
claros montes,
luz, muita luz,
intensa luz.
Meio-dia, limite,
alegria muita.
Na distância, um logo além,
no depois, um antes:
auroras, felicidades.
Tardes de intensa alegria,
noites-verão, dias-inverno,
Ingênuas manhãs,
ingênuas,
bem ingênuas,
mais que a madrugada,
de sonhos nos sonhos,
deleite.
Simbiose, crepúsculos,
tons vermelhos,
rosa-amarelo, ouro no azul,
lilases e sombras
douradas maravilhas...
prata.
Antes do depois, ainda,
fios de claridade,
fontes, conforto-luz,
pura alegria,
sorrisos,
bons dias bem vividos !
( Wanderlino Arruda - Biografia
- 1934/**** )
23/Setembro/2004:
ALEGRIA
Está em todo canto,
em toda parte,
no meio das cores, no meio dos sons,
pode estar nos montes, nas planícies,
em jardins, nas ruas, nas praças,
em escolas, nos escritórios,
nas lojas, em ante-salas.
Existe alegria no ritmo, no movimento,
Ao acender das luzes e até no pisca-piscar.
Sente-se alegria no balanço
do mar
E no andar da moça bonita.
Sente-se a alegria dos passarinhos,
em vôos e cantos,
e no vento que passa.
Na inocência das crianças sente-se alegria
na malícia dos jovens sente-se alegria,
e na sabedoria dos velhos.
Alegria das plantas durante e
depois da chuva,
alegria dos montes no despontar do sol,
alegria da mãe diante da graça do filho,
alegria divina diante da beleza do amor,
alegria de todos diante da própria alegria.
( Wanderlino Arruda - Biografia
- 1934/**** )
27/Setembro/2004:
BRISA E PERFUME
A brisa que passa
e envolve teu rosto,
A brisa que voa
e sorri em teus cabelos
é brisa de muito amor.
Ajuda a iluminar tua beleza,
mais do que tudo.
Adoro o encanto da brisa,
porque faz parte da vida,
e é muito da minha alegria.
A brisa que passa
e que te faz carinhos
me dá lindo sentimento de amor,
me dá contentamento
de participar da Natureza.
Porque a brisa te faz mais linda,
dela não tenho ciúmes.
Porque a brisa me traz perfume,
dela me aproximo,
Aproximando-me de ti.
Realidade do ser feliz,
ajuda-me a viver
ajuda-me a te sentir, minha querida.
( Wanderlino Arruda - Biografia
- 1934/**** )