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AGOSTO de 2003 |
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01/Agosto/2003 "CENTRALIZAÇÃO x DESCENTRALIZAÇÃO" "A tarefa de administrar
dívidas em moeda estrangeira requer centralização
total, Cada um dos funcionários que prestam este
tipo de atendimento precisa ser -o chefe-, 04/Agosto/2003 "CICLOS DE T.I." "Há alguns anos, a Tecnologia
da Informação era sinônimo de oportunidades de negócios,
em 2002, ela era vista como um custo a ser contido e o ciclo
mudará novamente, à medida que as empresas começarem a investir
em tecnologias na busca pela melhoria da produtividade e
da competitividade. 05/Agosto/2003 "CICLOS DE T.I. - 2" ( ..continuação.. ) "No ano passado (2002), os CFO's
(Chief Financial Officers - Diretores Financeiros),
fizeram quatro perguntas simples para qualquer fabricante
que viesse a eles com alguma proposta:
(1) Quanto dinheiro vou economizar no meu negócio ? (2) De que forma os lucros serão antecipados/incrementados ? (3) Em quanto tempo o investimento será amortizado ? e (4) Qual é o custo disso agora ? Diante de tal teste, os únicos projetos aprovados foram os de retorno financeiro rápido. Como resultado, os executivos de T.I. conseguiram justificar o valor de suas propostas para os negócios com muito mais facilidade. E as empresas satisfizeram seu apetite de tecnologia em doses homeopáticas ( ..continua.. )." ( Joseph M. Tucci - CEO da EMC Corporation ) 06/Agosto/2003 "CICLOS DE T.I. - 3" ( ..continuação.. ) "Em termos de armazenamento de informações,
vejo três tendências proeminentes.
A primeira é uma consolidação de 'storage direct-attached', tecnologia de armazenamento em rede que permite a consolidação entre os dispositivos de armazenamento e o servidor e possibilita que se utilize entre 85% e 90% do sistema antes que seja necessário acrescentar mais capacidade. O desejo de digitalizar, armazenar e compartilhas mais imagens, voz e vídeo demandará mais 'storage' (capacidade de armazenamento), mais banda e processadores mais rápidos." ( ..continua.. )." ( Joseph M. Tucci - CEO da EMC Corporation ) 07/Agosto/2003 "CICLOS DE T.I. - 4" ( ..continuação.. )
" A segunda tendência é a automatização. As equipes de T.I. não serão capazes de crescer tanto quanto as informações que precisam estar disponíveis on-line. Assim, os executivos de tecnologia devem buscar mais controle do storage em rede através da automatização da gestão de armazenamento. A terceira tendência é a disponibilidade contínua.
O interesse pela alta disponibilidade tem crescido de
tal forma que algumas empresas optaram pelos mais altos
níveis de proteção da informação. Os clientes e executivos
simplesmente não toleram a perda ou a demora na entrega
das informações .
Esperem também uma
ênfase na proteção das informações, mudando
de uma estratégia de backup e recuperação para a aplicações
de recuperação instantânea e disponibilidade contínua.
As empresas não mais se perguntarão, simplesmente, se
os seus dados estão seguros, mas sim se as operações
estão seguras e se é possível recuperar informações
sem perda da disponibilidade dos dados.
A
maioria das corporações não pode fazer isso hoje,
mesmo que digam poder. Atender às expectativas corporativas
só tem se tornado mais plausível por causa dos softwares
avançados de gestão e pela queda do custo da
tecnologia de disco.
As tecnologias
de storage e networking, em particular, estão chegando
a um ponto em que a própria empresa tem condições de
reconstruir sua história, resgatando uma ou mais camadas
de informação, instantânea e facilmente.
Na EMC, vemos essa capacidade
se tornar um propulsor de crescimento." 08/Agosto/2003 "EXISTE UMA LÓGICA NA EXCLUSÃO SOCIAL E NA COMUNICAÇÃO - 1"ps: dada a profundidade do texto (de 1 a 7), sugerimos atenção especial dos amigos e amigas e uma reflexão sobre este artigo, cuja íntegra está sendo publicada neste item, considerando-se que, em 10/Ago, comemoramos o Dia Mundial da Solidariedade Cristã, bem como esse trabalho apresentar um retrato realista e atual acerca do tema 'exclusão social' no país e no mundo em que vivemos ! ( ..INÍCIO.. ) A Modernidade afirma a subjetividade, mas também o valor da razão instrumental. Torna-se uniformizadora, nega o valor das diferenças e da cultura local. Com sua noção de progresso, a modernidade levou à desvalorização do tempo presente, em favor da construção do futuro. Os atuais condutores do processo econômico e cultural propõem a modernização da economia e de toda sociedade como o único caminho. Modernizar foi entendido no sentido de reduzir todos os debates e ações nos campos político e econômico ao campo da razão instrumental. Ignoram-se os valores humanos e sociais, os direitos e deveres das pessoas e das nações e reduz-se tudo a uma questão de eficiência na relação entre os meios escassos e o fim econômico de acumulação ilimitada de riqueza. Roberto Campos (1985)
diz que a modernização, o único caminho viável para
a América Latina, ·pressupõe uma mística cruel do
desempenho e do culto da eficiência·. A humanidade deve
abandonar o desejo de construir uma sociedade melhor,
pois é impossível conhecer plena e perfeitamente todos
os fatores e relações, que compõem o MERCADO. Devemos
ter fé em sua mão invisível. Os sacrifícios dos
desempregados e dos excluídos são sacrifícios necessários,
exigidos pelas leis do mercado. A hegemonia neo-liberal no mundo consolidou o MERCADO como fundamento e o centro das nossas sociedades. A busca da riqueza passou a ser o mais importante objetivo na vida da maioria das pessoas. A mercadoria tornou-se o objeto principal do desejo das pessoas. O capitalismo pós-industrial desenvolveu a crença no valor absoluto do MERCADO. A secularização do
mundo moderno não significou o fim das religiões,
mas o surgimento de um novo tipo de religião: a
religião econômica (Sung, 1998:88). 11/Agosto/2003 "EXISTE UMA LÓGICA NA EXCLUSÃO SOCIAL E NA COMUNICAÇÃO - 2"( ..CONTINUAÇÃO.. ) O capitalismo é um sistema econômico centrado no desejo.
Não no desejo de lucro dos empresários, mas fundamentalmente
no desejo dos consumidores. No Brasil, a teoria
econômica jamais se orientou para o problema da pobreza. Diz Santos, Boaventura Souza (1995:147) que ·a dificuldade em aceitar ou suportar as injustiças e as irracionalidades da sociedade capitalista dificulta, em vez de facilitar, a possibilidade de pensar uma sociedade totalmente distinta e melhor que esta. Nos meios pastorais e até teológicos se desiste de projetos totais e alternativos e se pensa somente em ações concretas de solidariedade. ·As lutas locais e as identidades contextuais tendem a privilegiar o pensamento tático em detrimento do pensamento estratégico· (Sung, 1998: 77). A proposta neo-liberal reduziu demasiadamente o papel do Estado, deixando muitos desamparados. O neo-liberalismo nem se preocupa em prometer um mundo rico e sem desigualdades sociais, garantido pelo mito do desenvolvimento. O neo-liberalismo não defende a igualdade como um valor a ser realizado. Cristovam Buarque diz que enquanto o mundo estava afastado, fisicamente, era possível manter a idéia de igualdade sem praticá-la. Integrado, pelos meios de comunicação e transporte, pela economia e pelas migrações que interligam os povos, os pobres se aproximam dos ricos fisicamente e em desejos de consumo. Afastam-se, porém, ainda mais socialmente e o discurso igualitário torna-se contraditório. Para o neo-liberalismo, as desigualdades e exclusões sociais não só são inevitáveis, mas justas e até benéficas. Na lógica capitalista, ·não existindo alternativa possível (depois da queda do bloco comunista), a atual situação social é inevitável. É também justa: os bem-integrados no mercado estão auferindo seu justo merecimento. Os pobres são culpados de sua pobreza. Os atuais mecanismos concentradores e excludentes do mercado são vistos como encarnações de uma justiça transcendental: a do Mercado. A ·mão invisível· do mercado resolve os problemas sociais e a exclusão social dos incapazes é um ·bom sinal. A alta tecnologia e o processo de globalização da Economia estão criando uma nova cara para o mundo. Do ponto de vista ético, vivemos a ·época das perplexidades, como é o título do livro de René Dreifuss. Os nossos desafios são: a mundialização, a globalização e a planetarização. Para Hugo Assmann o
fato decisivo na conjuntura atual do mundo é certamente
o império pavoroso da lógica da exclusão
e a crescente insensibilidade de muitíssimos
em relação a ela." 12/Agosto/2003 "EXISTE UMA LÓGICA NA EXCLUSÃO SOCIAL E NA COMUNICAÇÃO - 3"( ..CONTINUAÇÃO.. ) "O CONCEITO DE EXCLUSÃO E SEU CONTEXTO A cultura judaico-cristã funda-se numa transgressão e numa exclusão: o pecado punido com a expulsão do paraíso terrestre e com a exclusão da felicidade. Com esta exclusão tem início a vida dos homens, mas também a morte que se apresenta - pela primeira vez · sob a forma de assassinato: Caim mata Abel, porque excluído da benevolência divina (Deus agradou-se de Abel e da sua oferenda, mas não se agradou de Caim e da sua oferenda· (Gen 4, 4-5). A descendência, e, portanto, a vida funda-se no assassínio do outro que é aquilo que eu não sou ou que tem aquilo que eu não tenho. Este esquema simbólico da exclusão do outro, em nome da sobrevivência própria, é o leitmotiv que segue a história do homem, evoluindo e mudando com o evoluir e o mudar da sua capacidade de dominar a natureza e a si mesmo. Passando da simbologia à história concreta, o homem consegue por meio de diversos graus passar da fase da exclusão como morte física do outro, sublimando-a na morte da contradição, num contínuo recurso ao estabelecimento de processos de manipulação, interiorização do domínio, exploração, como formas diversas de aniquilamento e de expropriação da personalidade do outro e por conseguinte como formas diversas de morte. A morte física continuará, ao longo dos séculos, como ainda continua, a repropor-se como elemento de sobrevivência, mas terá um caráter temporário e recorrente (a guerra, as devastações, as invasões, os genocídios, as matanças, a tortura) e uma qualidade mediada pela invenção e a fabricação do outro como inimigo, para o dominar. O processo de exclusão irá, pois, afetando cada vez menos o corpo do homem, apontando sobretudo a reduzir ou a remover a contradição por ele representada, para penetrar no indivíduo e fazê-lo interiorizar o domínio. No seu evoluir histórico, este processo pode, pois, considerar-se o fundamento do domínio do homem sobre o homem, e portanto o fundamento do poder. Se aquele que se pretende excluir já não pode ser morto, mas deve ser dominado e utilizado, a forma de exclusão mais próxima da morte consiste em reduzi-lo a corpo, coisa, animalidade, reportando à natureza a particularidade específica que pode justificar a sua exclusão da subjetividade do poder. Marlene Ribeiro diz que, em princípio, o estado de exclusão é velho como a humanidade e refere-se a processos de segregação justificados sob diferentes motivações. Por questões religiosas, tem sido explicada a segregação milenar dos párias na Índia e, mais recentes, dos católicos na Irlanda; por questões de saúde, tem sido explicada a segregação dos leprosos na antigüidade e dos aidéticos, na modernidade; por questões políticas, têm sido explicados o ostracismo entre os gregos e o exílio de subversivos modernos; por questões étnicas, a segregação dos indígenas no Amazonas, dos judeus alemães entre os alemães pretensamente arianos e dos povos africanos negros entre os povos descendentes de europeus brancos; por questões econômicas, segregados os não empregáveis·na sociedade contemporânea globalizada. A definição léxica que aparece de exclusão no dicionário de Língua Portuguesa de Aurélio Buarque de Hollanda é: exclusão: ato pelo qual alguém é privado ou excluído de determinadas funções -, em que, na sua composição está o prefixo ex (fora), que separa, corta, inviabiliza a relação. Quer dizer, o sentido, a imagem e a realidade dos excluídos mostram contingentes humanos colocados do lado de fora de uma sociedade, cujos mecanismos de impermeabilização de suas fronteiras não permitem o retorno ou a possibilidade de estabelecer relações com os que estão dentro, os incluídos, estes também aterrorizados diante da ameaça constante de serem os próximos a ficarem do lado de fora. Eduardo Galeano comenta que excluído é a pessoa do outro silenciada, aquele que não é levado em conta nas grandes decisões econômicas, políticas e de outro tipo, apesar de ser atingido por elas. Mas é também aquele
que está além da comunidade de comunicação proposta pela
Ética do Discurso de Apel e Habermas. É,
simplesmente, o prescindível para... Nos Estados Unidos, os doentes (incluídos os velhos), os incapazes e os jovens formam 65% ou dois terços da população total. Essas grandes massas estão orientadas para o ócio. O centro altamente qualificado da sociedade tecnológica permanece orientado para o trabalho e o grupo intermédio constitui 25%. Para estes dois terços da população americana, a última forma de integração possível é o Estado assistencial, que integra o excluído na nova qualidade de assistido vitalício, defraudando-o de todos os direitos e de toda a dignidade. No sentido atual
que a sociologia a ele confere, há indícios de que o
conceito de exclusão tenha apareci-do na França, ainda
nas décadas de 50/60, quando cientistas sociais tiveram sua atenção
despertada para as populações situadas
fora do mundo do trabalho, constituindo uma pobreza,
que os economistas classificavam como residual." 13/Agosto/2003 "EXISTE UMA LÓGICA NA EXCLUSÃO SOCIAL E NA COMUNICAÇÃO - 4" ( ..CONTINUAÇÃO.. ) Há quase um consenso, nestes últimos tempos, com referência a tratar os problemas das camadas populares, desemprego, pobreza, desescolarização como decorrentes da exclusão, seja do mundo do trabalho, seja da proteção do Estado, seja das possibilidades de acesso à escola e de permanência nela. Com referência à educação, reafirmam-se processos que excluem as camadas populares da cidadania com a justificativa de que essas camadas não estariam preparadas ou esclarecidas para exercê-la. A noção de exclusão, por um lado, está fundamentalmente ligada ao que alguns autores chamam: a nova questão social. Nova, porque difere da pobreza dos séculos anteriores, sob certos aspectos. Ela é marcada por movimentos de contestações às instituições prisionais, pedagógicas e psiquiátricas, nos anos 60 e 70. Apareceu o Movimento de Análise Institucional, produzindo estudos que contribuíram para um processo de reformulação do tratamento psiquiátrico, da formação escolar e da reeducação dos presos. Sob esse aspecto, são
importantes as pesquisas de Michel Foucault. Além
das três formas de exclusão do discurso (a palavra proibida, a segregação da loucura e a vontade de verdade),
a obra de Foucault revela o processo de constituição das
chamadas ciências humanas e ciências sociais, desmascarando
a relação entre o controle das populações e a produção
de saberes que fazem do homem, a partir do séc.
XVIII, sujeito e objeto de conhecimento Foucault coloca as questões acerca da relação entre poder e verdade no discurso das ciências e nas práticas institucionais. Constrói-se assim
o conceito de exclusão que retrata
uma realidade de aparecimento de novos pobres,
de lutas libertárias, de desencanto com o esvaziamento da utopia comunista que alimentou
a Revolução Russa, de insuficiência tanto das categorias
funcionalistas quanto marxistas para a compreensão
dessa realidade complexa. 14/Agosto/2003 "EXISTE UMA LÓGICA NA EXCLUSÃO SOCIAL E NA COMUNICAÇÃO - 5" ( ..CONTINUAÇÃO.. ) O retorno de uma pobreza expropriada de meios e instrumentos de produção, vivendo em condições de miséria absoluta, como no século XVIII, porém sem perspectivas de proletarização que se afirmaram no século XIX, nem de seguridade social conquistada no século XX, assume contornos tão visíveis a ponto de configurar uma nova questão social, que desafia os cientistas sociais e os educadores. Lamentando-se que as lutas pela inclusão mantêm o modelo social produtor da exclusão. O desemprego estrutural é expressão concreta do que tem sido caracterizado como exclusão. É a expulsão cada vez mais intensa do trabalho vivo de homens e mulheres, substituídos pela máquina, como previra Hegel, que, em 1820, já usara o termo excluído. Os trabalhadores desempregados atuais, aos quais nos estamos referindo, sobrevivem numa sociedade capitalista. Nesta, os seres, inclusive os humanos, encontram-se universalizados sob a forma de mercadoria. A relação entre as mercadorias é mediada pela mercadoria dinheiro, que o capital convenciona como moeda universal para a troca. O trabalhador encontra-se no limite do seu despojamento, aquele em que parece não haver outra alternativa senão a morte, à concordância com a necessidade da queima do estoque excessivo da mercadorias mão-de-obra, para garantir os índices de produtividade e competitividade exigidos pelo processo de acumulação de capital. A realidade da exclusão ou a dimensão da pobreza que a torna visível não pode ser dissociada dos processos de destruição de uma política de direitos de cidadania, saúde, educação, segurança, habitação e regulamentação do trabalho, instituídos com o Estado Social. O capital marginaliza e expulsa os trabalhadores dos processos de trabalho e de participação política. A exclusão, como um foco de luz lançado em direção à pobreza, presta-se à compaixão, evidenciando uma ideologia perversa que tanto oculta uma política deliberada de produção da exclusão, como divide o sujeito ético em dois, colocando, de um lado, a vítima sujeita à exclusão; de outro, o sujeito da compaixão. Chauí (1999) mostra que a vitimização da maioria das pessoas, tornadas desnecessárias e descartáveis, pela organização dos processos contemporâneos de trabalho, faz com que o agir ou a ação fiquem concentrados nas mãos dos não-sofredores, das não-vítimas que devem trazer, de fora, justiça para os injustiçados. Estes, portanto, perderam a condição de sujeitos éticos para se tornarem objetos de nossa compaixão... Mudar de paradigma seria torná-los sujeitos de sua própria inclusão. A nova realidade
da exclusão social, ou 'apartheid
social', introduz uma nova dialética na
sociedade. Ao lado da velha dialética 'capital x trabalho', é preciso
pensar, ao mesmo tempo, a dicotomia entre os
integrados no mercado e os que estão excluídos
e os insatisfeitos com a atual lógica excludente." 15/Agosto/2003 "EXISTE UMA LÓGICA NA EXCLUSÃO SOCIAL E NA COMUNICAÇÃO - 6" ( ..CONTINUAÇÃO.. ) Segundo Comblin (1996:98) não se superou ainda o dualismo entre religião e política. Não há tarefa mais urgente do que unir de novo o que esteve separado durante tanto tempo, o político e o religioso, o social e o místico. A teoria tem que fundamentar uma prática eficaz. Como já acenamos, a
exclusão social não é uma exclusividade dos países do
Terceiro Mundo. Tanto na América
do Norte (EUA e Canadá) como
na América Latina existe o fenômeno da concentração
de riqueza e o contraste que está se dando entre os
bolsões de riqueza no meio de um mar de pobreza (nos países
da América Latina) e entre bolsões
de pobreza no meio da riqueza (na América do Norte)
(cf. Sung, 1998: 91). Ainda, segundo Sung, estar excluído do MERCADO não significa, entretanto, estar excluído da sociedade e do alcance dos meios de comunicação social que socializa os mesmos desejos de consumo. Temos assim a trágica situação, em que os pobres, jovens adultos, são estimulados a desejarem o consumo de bens sofisticados e supérfluos, ao mesmo tempo em que lhes é negada a possibilidade de acesso à satisfação das necessidades básicas para a sua sobrevivência digna. Uma das causas fundamentais do processo de exclusão é o desemprego estrutural que atinge a América Latina e quase todo mundo. É estrutural porque não é fruto de uma conjuntura econômica, que passaria: as empresas se defendem da crise econômica, na medida em que demitem seus funcionários. O desemprego estrutural é fruto do atual modelo de globalização econômica, da revolução tecnológica e da financeirização da riqueza. Nas sociedades pré-modernas, o homem trabalhava para viver. Nas sociedades capitalistas as pessoas vivem para acumular riquezas. A riqueza está financeirizada e em grande parte é fictícia. Não é composta de bens tangíveis, mas de números piscando nas letras dos luminosos (outdoor). A finalidade do lucro é o lucro. A busca ilimitada de riqueza pela riqueza acaba destruindo o sistema ecológico, que possibilita a vida humana. Produz também a pobreza, a exclusão, os contrastes sociais, a violência desenfreada e o crescente consumo e tráfico de drogas. Na realidade latino-americana, o pobre ou o desempregado, cada vez mais, se encontram em situação difícil, pois os programas de ajuste econômico de inspiração neo-liberal tendem a cortar drasticamente os poucos programas sociais existentes. As empresas procuram se modernizar sob a pressão do mercado. Ora, em quase todos os países latino-americanos existem, justapostos, grupos sociais que vivem em tempos históricos diferentes. Alguns vivem numa cultura pré-moderna, usando técnicas de produção da época da revolução agrícola, sem acesso à educação formal das sociedades urbanas industrializadas. Outros pertencem à segunda revolução tecnológica, à era industrial fordista. Um terceiro grupo vive numa cultura pós-moderna, com acesso às tecnologias de última geração. Muitos não estão aptos para as empresas modernas. Isto também gera desemprego. Além disso, a elite de nossos países se sente mais próxima e identificada com a elite dos países desenvolvidos, do que com a nossa população pobre. É difícil conseguir sua adesão para programas sociais, se não compreenderem a fundo as ideologias que sustentam essa situação e as que podem combatê-la e superá-la. Uma sociedade baseada
numa lógica de exclusão gera e
é alimentada por uma cultura da insensibilidade.
Essa cultura da insensibilidade, frente
aos sofrimentos dos outros, especialmente dos pobres,
beira o cinismo e não cresceu por
acaso. É fruto de diversos fatores históricos e
outros de ordem antropológica." 18/Agosto/2003 "EXISTE UMA LÓGICA NA EXCLUSÃO SOCIAL E NA COMUNICAÇÃO - 7" ( ..CONTINUAÇÃO/FINAL.. ) A ótica cristã não é somente fruto da razão. Fundamenta-se na prática de Jesus que tem seu eixo no anúncio do Reino de Deus. Jesus Cristo inclui o Reino, na Oração do Pai Nosso: venha a nós o Vosso Reino·. Significa que o Reino de Deus se realiza na construção de uma Sociedade Nova, mediante a conversão das pessoas para a justiça e a solidariedade. Cada pessoa deverá ser sal da terra e luz do mundo, no espaço das relações humanas e da pólis, fermento do novo céu e da nova terra. A solidariedade cristã fundamenta-se na fé, enquanto a solidariedade cívica funda-se na razão. A solidariedade cristã é fraternidade, que repousa na consciência da filiação divina. Para a fraternidade cristã, a humanidade constitui uma grande família, formada por uma multidão de famílias menores, nações, confissões religiosas, comunidades regionais, corporações profissionais etc.. As formas de convivência
entre pessoas e entre nações devem
estar impregnadas de valores
cristãos. Isto não se constrói da noite para o
dia. Estamos no III Milênio de Cristianismo. Tantos séculos
atravessados também pela irracionalidade
da História e a lógica da maldade, que se expressa
geralmente, pelo poder. 19/Agosto/2003 "A INDÚSTRIA DO ARMAZENAMENTO - 1" "Os últimos meses foram
brutais para a tecnologia da informação e a visão
geral, a curto prazo, não oferece muita esperança
de crescimento. 20/Agosto/2003 "A INDÚSTRIA DO ARMAZENAMENTO - 2" "Para ter sucesso daqui
para frente, os fabricantes devem oferecer um rápido
retorno de investimentos e um baixo custo total de
propriedade. As empresas de armazenamento que
prosperaram em um ambiente no qual os clientes eram
praticamente forçados a comprar sistemas por um preço
muito alto não vão continuar tendo sucesso
frente aos concorrentes que oferecerem sistemas modulares
que podem ser expandidos conforme a necessidade, que
são mais eficientes e apresentam melhor relação
custo x benefício. 21/Agosto/2003 "A INDÚSTRIA DO ARMAZENAMENTO - 3" "O que é que os executivos
de T.I. querem exatamente ? Eles querem soluções de
gerenciamento que sejam mais simples e melhores.
22/Agosto/2003 "A INDÚSTRIA DO ARMAZENAMENTO - 4" "No que se refere à
tecnologia, coisas empolgantes estão acontecendo. 25/Agosto/2003 "CENTRALIZAÇÃO x AUTONOMIA LOCAL""A tarefa de administrar dívidas
em moeda estrangeira requer 26/Agosto/2003 "A LÍNGUA" "A língua não pesa praticamente
nada, ( Desconhecido ) 27/Agosto/2003 "CARÁTER""Após apreender os estímulos, o indivíduo os classifica, interpreta, dá-lhes um significado e os incorpora em seu mundo interno. A partir dessa incorporação ele organiza e estrutura o seu mundo interno como uma construção própria, onde os objetos são inseridos por ordem de significância. O mundo interno é um universo estruturado de acordo com a existência do indivíduo. E é de acordo com esse mundo interno que o indivíduo elabora as reações aos estímulos. Caráter é o modo tendencial primário de incorporar os estímulos ao mundo interno, organizar e configurar o seu mundo interno e elaborar as reações aos estímulos. Como vemos, o caráter envolve múltiplas atividades, o que o torna complexo. Podemos dizer que o caráter representa um posicionamento do indivíduo em relação a si mesmo e ao mundo, uma atitude fundamental básica frente à vida e à existência. Chamamos a atenção
para um outro conceito de caráter, popularmente
difundido e que nada tem a ver com o conceito psicopatológico.
É aquele que se refere ao conjunto de valores do indivíduo, uma concepção essencialmente moralista. Outro engano
muito comum é o de considerar que o caráter é adquirido
ao longo da vida. Esta crença surge a partir do
conceito de caráter como o conjunto
de valores e dos parâmetros básicos do mundo
interno, isto é, um conceito de conteúdo. ( Xsatu Psicologia - Site Fortunecity ) ps: terrível afirmar-se que o caráter é inato, que nasce e morre com o indivíduo, sem variação. Ao nosso ver, isso é uma negação da capacidade de aprender, de sentir e de evoluir do ser humano ... ; nos sentimos melhor com a crença, mesmo considerada errônea, do caráter como um conjunto de valores individuais de cada ser, que podem ser modificados ou moldados segundo a sua vontade, no decorrer da vida (nota de Celio Franco). 28/Agosto/2003 "O QUE É FILOSOFIA" "A filosofia é um modo
de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia parte do que existe, critica, coloca em dúvida, faz perguntas importunas, abre a porta das possibilidades, faz-nos entrever outros mundos e outros modos de compreender a vida. A filosofia incomoda porque questiona o modo de ser das pessoas, das culturas, do mundo. Questiona as práticas política, científica, técnica, ética, econômica, cultural e artística. Não há área onde ela não se meta, não indague. E, nesse sentido, a filosofia é "perigosa", "subversiva", pois vira a ordem estabelecida de cabeça para baixo. Talvez a divulgação da imagem do filósofo como sendo uma pessoa "desligada" do mundo seja exatamente a defesa da sociedade contra o "perigo" que ela representa. O trabalho do filósofo é refletir sobre a realidade, qualquer que seja ela, re-descobrindo seus significados mais profundos. Filósofos diferentes têm posturas diversas com relação a imagem institucional de sabedoria e compreensão. Embora com motivações diferentes, deram a sua importante contribuição para o alargamento das fronteiras. A filosofia quer encontrar o significado mais profundo dos fenômenos. Não basta saber como funcionam, mas o que significam na ordem geral do mundo humano. A filosofia emite juízos de valor ao julgar cada fato, cada ação em relação ao todo. Assim, filosofar é uma prática que parte da teoria e resulta em outras teorias. Desse modo, embora os sistemas filosóficos possam chegar a conclusões diversas, dependendo das premissas de partida e da situação histórica dos próprios pensadores, o processo do filosofar será sempre marcado pela reflexão rigorosa, radical e de conjunto. O conceito de
filosofia foi muito bem definido por Gerd A. Bornheim
no livro ( Profª. Ms. Cristina G. Machado de Oliveira ) 29/Agosto/2003 "ALQUIMIA DA MUDANÇA" "Diferencial estratégico
na década de 1980, o capital perdeu espaço para
a tecnologia que, nos anos 90, estabeleceu
uma nova ordem mundial. Considerando-se que,
no conturbado mercado atual, essas mudanças não são
poucas e seus impactos sobre o comportamento
das pessoas não são brandos, a habitual abordagem
intuitiva começa a ser substituída por métodos mais
profissionais. ( Renata V. Mesquita - Information Week ) |
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Portal
Nosso São
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- www.nossosaopaulo.com.br
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