MENSAGEM DO DIA
MAIO de 2003


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Todas as mensagens aqui exibidas são extraídas a menos de nota em contrário, das obras do Dr. Augusto Jorge Cury, Psiquiatra, Psicoterapeuta e Cientista Teórico".

01/Maio/2003:

A VIDA E A SABEDORIA

    "Nunca deveríamos sentir vergonha dos outros e nunca deveríamos abandonar as pessoas. Um pai jamais deve desistir de seu filho, mesmo que seja um rebelde e possua uma grave farmacodependência, pois, por pior que sejam seus erros, ele ainda é um ser humano. A sociedade pode rejeitá-lo e discriminá-lo ao máximo, mas os pais devem estender suas mãos para ele, mesmo que sejam rejeitadas. Se ele recusar a ajuda, devem usar de toda a habilidade para criar um novo clima na relação social e familiar e, assim, despertar seu interesse pela vida.

    Se o filho recusar qualquer ajuda, os pais devem lhe propor uma internação. Caso ainda assim ele rejeitar, não há mais nada a fazer, senão esperar. Os pais que descobrem o caminho de Deus e da oração encontram, nesta angustiante jornada, algo que a Psiquiatria e a Psicologia jamais poderão lhes oferecer: encontram a força na fragilidade e a paz no caos !"

02/Maio/2003:

A VIDA E A SABEDORIA

  "Impor uma internação ou qualquer outro tipo de ajuda não resolve. Devemos esperar, mas esperar não quer dizer desistir e sim aguardar até que a pessoa dependente nos procure. Repito: não devemos impor nossa ajuda, mas sempre colocá-la à disposição, com gentileza e dignidade.

    Os pais não devem viver em função da pessoa que se droga, mas devem dar a ela tantas oportunidades quantas forem necessárias. Amá-la incondicionalmente não quer dizer serem permissivos; é necessário colocarem limites no seu comportamento, tais como controlarem seus gastos e não permitirem agressividade no ambiente familiar."

06/Maio/2003:

A VIDA E A SABEDORIA


 "Devemos elogiar muito mais do que criticar. Se isto é válido para qualquer tipo de pessoa, imagine como não é válido para uma pessoa sob o cárcere da dependência. O elogio abre as janelas da memória e faz com que a nossa ajuda e  até mesmo a nossa crítica tenham um impacto saudável. Se não conseguimos elogiar uma pessoa, não devemos criticá-la, pois, neste caso, a crítica funciona com uma lâmina que fere a emoção e trava a inteligência.

    O elogio constrói novas avenidas no relacionamento. A pessoa que é vítima da farmacodependência já está cansada de ser criticada e de saber que está errada. As críticas só servem para adubar a sua miséria e a sua solidão."

07/Maio/2003:

A VIDA E A SABEDORIA


     "Devemos aprender a criar novos canais de comunicação com o farmacodependente. Nesse sentido, a sabedoria do Mestre de Nazaré é encorajadora. O Cristo criou ricos canais de comunicação com seus íntimos. Tratou das raízes mais íntimas da solidão. Construiu um relacionamento aberto, ricamente afetivo, sem preconceitos. Ele valorizou elementos que o poder econômico não pode comprar, elementos que estão no cerne das aspirações do espírito humano, no âmago dos pensamentos e das emoções.

    O Mestre reorganizou o processo de construção das relações humanas entre Seus discípulos. As relações interpessoais deixaram de ser um teatro superficial para ser fundamentadas num clima de amor poético, impregnado de solidariedade, da busca de ajuda mútua, do diálogo aberto."

08/Maio/2003:

A VIDA E A SABEDORIA


     "Os jovens pescadores que seguiram o Mestre dos Mestres, que eram tão limitados culturalmente e que possuíam um mundo intelectual tão pequeno, desenvolveram a 'Arte de Pensar', conheceram os caminhos da tolerância, aprenderam a ser fiéis às suas consciências, vacinaram-se contra a competição predatória, aprenderam a trabalhar suas dores e suas frustrações, enfim, desenvolveram as funções mais importantes da inteligência."

09/Maio/2003:

A VIDA E A SABEDORIA

"A sabedoria do Mestre de Nazaré não tem precedente histórico. Ele conseguia penetrar na dor de cada ser humano e compreender seus sentimentos mais represados. Conseguia falar ao coração das pessoas mais rígidas e desprezadas e ouvir as palavras que não diziam. Estar ao lado Dele era relaxante e agradável. Sabia dos erros das pessoas, mas não as acusava nem as excluía. Ele era tão agradável e instigante que até mesmo os Seus mais ardentes opositores não se afastavam, pois apreciavam ouvi-lo."

12/Maio/2003:

CAMINHANDO NAS TRAJETÓRIAS DE NOSSO PRÓPRIO SER      

"Não é possível vivermos uma vida social e emocional saudável sem aprender a nos interiorizar, a nos conhecer mais intimamente e a desenvolver a capacidade de autocrítica e reflexão sobre o que somos e como reagimos diante das nossas fantasias e das circunstâncias externas.

    A busca de interiorização não deveria ser um caso excepcional, utilizada somente quando o psiquismo adoece e se faz necessária a ajuda de um profissional das áreas de Psiquiatria ou Psicologia. Essa busca deveria ser algo rotineiro em nossas experiências de vida. Ela deveria ser estimulada pelos pais e pela escola, desde quando as crianças são pequenas."

14/Maio/2003:

CAMINHANDO NAS TRAJETÓRIAS DE NOSSO PRÓPRIO SER    

     "Não é possível produzir homens maduros, que saibam se conduzir, se eles não aprenderem a autocrítica, a pensar antes de reagir, a estabelecer limites para seus comportamentos e, principalmente, se não aprenderem a desenvolver a sabedoria.     Diante disso, minha conclusão é que a problemática das drogas não tem como principal réu a essência química, mas o homem que as usa, juntamente com o processo educacional em que esse homem forma a sua personalidade. Reverter esse quadro é o nosso grande desafio, pois a melhor maneira de se destruir a liberdade é querer vivenciá-la sem limites."

15/Maio/2003:

UMA ESPÉCIE DESCONECTADA DA NATUREZA    

  "Uma outra atitude que tem gerado tantas desordens psicossociais nas sociedades modernas é a desconexão cada vez mais profunda da espécie humana com a natureza.

    O homem tem muito a aprender com o comportamento das espécies contidas nos ecossistemas. Por exemplo, os pássaros, às vezes, durante a madrugada, sofrem duras agressões do meio ambiente: frio intenso, ventos impetuosos, chuvas torrenciais e outros. Eles teriam todos os motivos para despertar silenciosos, angustiados, pela manhã mas, ao invés disso, eles cantam e se rejubilam.

    Nós, muitas vezes, reagimos de modo diferente diante dos obstáculos que a vida nos traz, ou diante daqueles que  criamos em nossas próprias mentes:  ficamos deprimidos, ansiosos ou mal humorados. Algumas pessoas entram num processo depressivo tão dramático que, não raramente, têm idéias de suicídio."

16/Maio/2003:

UMA ESPÉCIE DESCONECTADA DA NATUREZA    

  "Somos a única espécie inteligente da natureza, mas não somos a mais feliz! Somos a única que tem consciência de que pensa e de que pode gerenciar a construção das idéias, mas, paradoxalmente, temos pouca habilidade em administrar os focos de tensão e pouca consciência das dores e necessidades dos outros. As faculdades de Psicologia multiplicam-se, mas o homem moderno não é mais sábio e solidário do que o homem dos séculos passados, ao contrário, a crise do diálogo, o individualismo e a competição predatória espalham-se como nunca."

19/Maio/2003:

UMA ESPÉCIE DESCONECTADA DA NATUREZA    

     "A graça, a habilidade, o encanto das cores e dos movimentos, as interações dos mecanismos de sobrevivência das espécies e dos ecossistemas, deveriam ser uma fonte saudável e, até certo ponto, insubstituível, para as crianças se divertirem, se educarem e aprenderem a valorizar suas vidas. Mas não o é !
    Claro que as demais espécies animais agem instintivamente, enquanto que nós agimos pela nossa intelectualidade, pela capacidade que temos de elaborar raciocínios e reflexões. O problema é que usamos nossas inteligências de modo unifocal e não multifocal, como deveríamos."

20/Maio/2003:

UMA ESPÉCIE DESCONECTADA DA NATUREZA    

    "A espécie humana é a única que mata pelo prazer de matar, sem qualquer necessidade; que se aprisiona, embora ame desesperadamente a liberdade; que se droga, embora deteste o cárcere da emoção. É a única espécie cujos membros podem perder o prazer de viver e desistir de sua própria vida."

21/Maio/2003:

UMA ESPÉCIE DESCONECTADA DA NATUREZA    

      "Para onde caminhamos ? Que tipo de futuro se abre, neste terceiro milênio, para esta espécie que possui a capacidade, mas não honra a arte de pensar ? Todos somos responsáveis, individualmente, pelo destino de nossas vidas."

22/Maio/2003:

UMA ESPÉCIE DESCONECTADA DA NATUREZA    

       "Seria bom se aprendêssemos a velejar dentro de nós e revisássemos a nossa trajetória existencial. As drogas e os transtornos depressivos e ansiosos, são apenas a ponta do iceberg dos imensos problemas que temos cultivado, por não aprendermos a dar um sentido mais nobre a nossas vidas. Podemos não ser vítimas da droga química, mas sem dúvida somos vítimas da droga da rigidez intelectual, dos transtornos depressivos, da ansiedade e do stress.    As crianças têm crescido aos pés dos videogames, dos jogos eletrônicos, dos filmes agressivos da TV e coisas do gênero; por isso, têm perdido o romantismo pela vida. É preciso resgatar esse romantismo, resgatar a nobreza do sentido da vida."

23/Maio/2003:

PERDEMOS NOSSA IDENTIDADE COMO SERES HUMANOS    

   "Somos prolixos para comentar sobe o mundo em que estamos, mas emudecemos diante do mundo que somos. Por isso, vivemos o paradoxo da solidão: trabalhamos e convivemos com multidões mas, ao mesmo tempo, estamos isolados dentro de nós mesmos.     Psiquiatras e psicoterapeutas têm tratado não apenas as doenças psíquicas, tais como depressões e síndrome do pânico, mas também uma importante doença psicossocial: a solidão. Porém, não há técnica psicoterapêutica que resolva a solidão, não há antidepressivos e tranqüilizantes que aliviem a sua dor."

26/Maio/2003:

PERDEMOS NOSSA IDENTIDADE COMO SERES HUMANOS    

   "Um psiquiatra e um psicoterapeuta podem ouvir, intimamente, um cliente, mas a vida não transcorre dentro dos consultórios terapêuticos, o palco da existência é 'lá fora'.

    No terreno árido das relações sociais é que a solidão deve ser tratada. Lá fora é que o homem deve construir canais seguros para falar de si mesmo, falar sem preconceitos e sem medo, falar sem necessidade de ostentar o que tem, falar demonstrando apenas aquilo que realmente é.

    E o que somos nós ? Muito mais do que uma conta bancária, que um título acadêmico, que status social, somos o que sempre fomos: seres humanos. As raízes da solidão começam a ser tratadas quando aprendemos a ser apenas seres humanos."

27/Maio/2003:

PERDEMOS NOSSA IDENTIDADE COMO SERES HUMANOS    

    "O diálogo, em todos os níveis das relações humanas, está morrendo. As relações médico-paciente, professor-aluno, executivo-funcionário, pai-filho e marido-mulher, carecem de interação e profundidade, e é difícil ter êxito nessas áreas.      É necessário aprendermos a remover a nossa maquiagem social mas, infelizmente, a grande maioria prefere esconder-se: ficar ligado na TV, 'plugado' nos computadores ou viajar pela INTERNET !"

29/Maio/2003:

PERDEMOS NOSSA IDENTIDADE COMO SERES HUMANOS    

      "Ajudei, como psiquiatra e psicoterapeuta, diversas pessoas, das mais diferentes condições socioeconômicas e de várias nacionalidades. Percebi, que embora gostemos de nos classificar e de nos medir pelo que temos, todos nós possuímos uma sede intrínseca de encontrar nossas raízes, como seres humanos. Os prazeres mais ricos da existência, tais como a tranqüilidade, a amizade, o prazer de viver, o diálogo e a contemplação do belo, são conquistados pelo que somos e não pelo que temos. Infeliz é o homem que só consegue ser rodeado de pessoas pelo que tem e não pelo que é."

30/Maio/2003:

PERDEMOS NOSSA IDENTIDADE COMO SERES HUMANOS    

       "A fábrica da fama e da hierarquia social é psicologicamente doentia. O ator mais prestigiado de Hollywood tem, ou deveria ter, tanta dignidade humana quanto um habitante das favelas do Rio de Janeiro. O homem mais rico do mundo, classificado pela revista Forbes, assim como o mais miserável, possui os mesmos fenômenos inconscientes que financiam, gratuitamente, a construção da inteligência. Gostamos de ser diferentes e de estar acima dos outros, mas no cerne da alma, somos muito mais iguais do que imaginamos."

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