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Todas as mensagens aqui exibidas são extraídas a menos de nota em contrário, das obras do Dr. Augusto Jorge Cury, Psiquiatra, Psicoterapeuta e Cientista Teórico". |
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01/Abril/2003: O RESGATE DA LIDERANÇA DO EU NO FOCO DE TENSÃO "A Educação tem uma tarefa mais nobre do que a Psicologia e a Psiquiatria clínica. Estas, tratam do homem doente; aquela, forma ou deveria formar, um homem saudável. Quanto mais eficiente for a Educação, menos espaço a Psiquiatria e a Psicologia clínica terão nas sociedades modernas, todavia, quanto menos eficiente ela for, mais essas duas ciências serão imprescindíveis nas sociedades modernas. Infelizmente, nossos consultórios estão cheios. Não há gigantes no território da emoção ! Todos somos aprendizes na escola da vida, quer sejamos psiquiatras ou pacientes. Se o EU aprender a intervir com lucidez, crítica e determinação, nos pensamentos e emoções tensas e negativas, ele pode gerenciá-los, controlá-los e, consequentemente, reescrevê-los." 02/Abril/2003: AS DOENÇAS PSÍQUICAS NÃO SE RESOLVEM COM UM GOLPE DE BISTURI "Os pacientes que são médicos cirurgiões costumam ter uma grande dificuldade adicional na terapia, em relação aos demais. Por quê ? Porque apesar de cultos, eles estão acostumados a resolver tudo com um 'bisturi': retiram um tumor, um cálculo renal, uma úlcera e, em pouco tempo, suturam o doente. Entretanto, não dá para usar um 'bisturi' no campo da energia psíquica. Não é possível reorganizar a depressão, as fobias e a irritabilidade num golpe de mágica. Vezes há em que, após algumas sessões de terapia, o paciente já apresenta significativas melhoras no seu quadro depressivo e ansioso, todavia, eu já os preparo para possíveis recaídas." 03/Abril/2003: AS DOENÇAS
PSÍQUICAS NÃO SE RESOLVEM COM UM GOLPE DE BISTURI "As recaídas ocorrem, mesmo
no caso do cárcere da dependência, porque há arquivos doentios que
estão presentes na memória e não foram reescritos. Quando o paciente
passa por um foco de tensão, o fenômeno do gatilho
da memória produz imediatamente reações emocionais que
deslocam a âncora da memória para esses arquivos doentios.
Nesse momento, acontece a recaída
e entra em ação o fenômeno do autofluxo. Ele
começa a ler continuamente as informações contidas nesse território, realimentando
as doenças psíquicas. No caso das depressões e das doenças ansiosas,
o fenômeno do autofluxo gerará cadeias de pensamentos
negativos, fóbicos, tensos que, quando registrados, financiarão
a perpetuação dessas cadeias.
O mesmo acontece com as drogas.
Os dependentes têm um 'monstro' no inconsciente que, às vezes cochila,
mas ainda não está exterminado. As experiências sobre as drogas ocupam áreas importantes da memória.
O paciente pode estar bem, sem usar drogas há semanas ou meses, então, de repente, diante de um foco de tensão, que pode ser uma perda, um humor deprimido, uma ofensa, uma oferta de droga ou até mesmo a imagem de uma pessoa usando-a, o gatilho da memória pode ser detonado e gerar o desejo de usá-las. Mas é possível que a pessoa ainda esteja firme e determinada em não sucumbir, todavia, o gatilho da memória não apenas gera cadeias de pensamentos sobre as drogas e o desejo de usá-las, mas também, desloca a âncora para áreas críticas da memória, onde estão arquivadas milhares de experiências sobre elas, o que torna o problema ainda mais difícil." 04/Abril/2003: AS DOENÇAS
PSÍQUICAS NÃO SE RESOLVEM COM UM GOLPE DE BISTURI "Se o paciente não resgatar a liderança
do EU nos focos de tensão, se não aprender a administrar seus pensamentos
e emoções nestas situações, ele será dominado pelo
desejo compulsivo, mas se, ao contrário, resgatar a liderança
do EU, sairá vitorioso, não apenas superando o foco de
tensão e vencendo o desejo compulsivo das drogas, mas também reescrevendo
a sua história inconsciente, pois a experiência da
superação, que tiver, será registrada na memória, vencendo mais
uma batalha e reescrevendo mais um capítulo de sua vida.
Se recair, deve tomar cuidado, pois o fenômeno do autofluxo continuará produzindo cada vez mais pensamentos e emoções, que o farão gravitar em torno da droga. As novas experiências serão registradas aumentando, assim, a imagem da droga no inconsciente. Contudo, se ele recair e, em seguida, resgatar a liderança do EU, criticar com lucidez sua recaída, refizer suas energias e não se deixar estrangular pelos sentimento de culpa, baixa auto-estima e sentimento de auto-abandono, então a recaída poderá torná-lo mais forte. Desafortunadamente, os terapeutas raramente tomam conhecimento desses mecanismos." 07/Abril/2003: AS
DOENÇAS PSÍQUICAS NÃO SE RESOLVEM COM UM GOLPE DE BISTURI "No tratamento de consultório e não no de internação,
nós, ainda que peçamos abstenção absoluta das drogas ao paciente, devemos
abrir uma janela do fundo e prepará-lo para uma possível derrota temporária.
Todavia, dificilmente, algum terapeuta abre essa
janela, não apenas porque desconhecem o funcionamento da
mente, mas porque têm um medo ingênuo de que este preparo possa estimular
a recaída. Por isso, quando ocorre uma recaída,
ela é extremamente destrutiva, pois gera um derrotismo e um
sentimento de culpa insuportáveis, que conduzem o paciente a se
afundar novamente nos pântanos do cárcere da dependência.
Devemos, também, preparar os pacientes portadores de depressão, síndrome do pânico e transtornos obsessivos para possíveis recaídas. Temos a responsabilidade de torná-los mais fortes depois de uma recaída, caso contrário, quando ela ocorrer, eles abandonarão o tratamento e serão vítimas da fábrica de pensamentos negativos e de emoções angustiantes produzidas pelo fenômeno do autofluxo. Recair, mas levantar rápido e tornar-se mais sólido, deveria ser um lema de vida para todos aqueles que querem ser livres da Pior Prisão do Mundo." 08/Abril/2003: AS DOENÇAS
PSÍQUICAS NÃO SE RESOLVEM COM UM GOLPE DE BISTURI "É muito melhor não recair,
pois uma recaída sempre retroalimenta as imagens doentias no inconsciente
da memória, mas o pior é não saber o que fazer
com uma recaída. Se o sentimento de culpa, de auto-abandono
e de baixa auto-estima ocuparem o palco da mente de um paciente, então
sua recaída será prolongada, trará grandes sofrimentos e retroalimentará
o seu transtorno psíquico ou a sua dependência.
A terapia multifocal objetiva que o paciente continue o processo psicoterapêutico nos territórios onde ele vive e atua. É um grande engano fazer com que os pacientes só se tratem quando estão diante de um terapeuta, seja ele um psiquiatra, um psicólogo, um agente de saúde, ou mesmo quando estão internados. Eles devem continuar o tratamento nos territórios sinuosos de suas vidas." 09/Abril/2003: "Nunca seremos, plenamente, líderes de nós mesmos, nunca controlaremos todos os nossos pensamentos e emoções, mas isso não quer dizer que nossas mentes sejam um barco que navega ao sabor dos ventos. Podemos não controlar muitas variáveis que dão instabilidade às ondas de nossas emoções, mas podemos tomar o leme da inteligência e atingir nossos objetivos." 10/Abril/2003: O RESGATE DA LIDERANÇA DO EU 'FORA' DO FOCO DE TENSÃO Reescrevendo a História "Os pacientes dependentes precisam
aprender a não apenas resgatar a liderança do EU nos focos
de tensão, mas também fora deles.
Por quê ? Porque é
insuficiente que ele atue apenas quando se detona o gatilho do
desejo compulsivo de usar drogas. É necessário, também, que
ele reescreva a sua história fora dos focos de tensão, ou
seja, quando o ambiente emocional está tranqüilo, para que possa
acelerar a reorganização dos arquivos. Aqueles que mais
atuam nesta fase, têm mais possibilidades
de ficarem livres, logo, do cárcere da emoção, por outro
lado, os que esperam estar debaixo de um foco de tensão para atuar
dentro de si mesmos, libertam-se mais lentamente.
Como fazer isto? Imaginem a memória como sendo uma imensa cidade: nela, há
vários bairros, com várias ruas, com vários endereços residenciais.
Cada uma dessas residências é como se fosse uma experiência
existencial. Existem casas simples, que simbolizam experiências
de pouca emoção. Há, entretanto, outras casas imensas, verdadeiros
palácios, que simbolizam experiências de intensa emoção."
11/Abril/2003: O RESGATE DA LIDERANÇA DO EU 'FORA' DO FOCO DE TENSÃO Reescrevendo a História "Entre as experiências marcantes, estão as produzidas pelas drogas. Não é fácil reescrevê-las, pois não sabemos onde elas estão registradas no córtex cerebral. Não sabemos, nem mesmo, como elas foram arquivadas e quais as conexões e proximidades que possuem com as experiências saudáveis. Diante disso, repito a indagação: como reescrevê-las e como acelerar este processo ? Como resgatar a liderança do EU fora dos focos de tensão, ou seja, quando tudo está calmo ? Somente fazer terapia e compreender as causas conscientes da doença, é insuficiente, do mesmo modo, resgatar a liderança do EU quando o gatilho da compulsão é detonado, também é pouco. É preciso atingir outros braços da terapia multifocal, pois não sabemos qual o lócus dessas experiência e não temos como eliminá-las. A solução alternativa que nos resta é construir idéias saudáveis, criativas e críticas, dezenas de vezes, tanto a favor da vida como contra a dependência das drogas, bem como contra a fragilidade e a passividade do EU." 14/Abril/2003: O RESGATE DA LIDERANÇA DO EU 'FORA' DO FOCO DE TENSÃO Reescrevendo a História "Os usuários de drogas, bem como os portadores de outras doenças, precisam fazer, no silêncio de suas mentes, uma mesa redonda para discutir suas atitudes impensadas, suas incoerências, sua dificuldade em lidar com as frustrações e em superar suas dores. Essa é a técnica do resgate da liderança do EU fora dos focos de tensão, pois cada pensamento novo, crítico, que seja regado a reflexão e sabedoria vai sendo continuamente registrado, reescrevendo a história inconsciente e desorganizando o cárcere das drogas, da claustrofobia, da cleptomania, da síndrome do pânico ou de outros transtornos depressivos. Reescrever a história inconsciente, por meio do resgate da liderança do EU fora dos focos de tensão, é um brinde à liberdade. Esta técnica precisa ser utilizada todos os dias, de segunda a segunda, por um período mais ou menos longo. É necessário usá-la com honestidade, inteligência e espontaneidade, dentro dos limites da criatividade de cada um, como se o paciente fosse um engenheiro de idéias." 15/Abril/2003: O RESGATE DA LIDERANÇA
DO EU 'FORA' DO FOCO DE TENSÃO Reescrevendo a História
"Atuar nos 'focos de tensão' produz o alívio imediato
e atuar nos arquivos que estão fora
dos focos de tensão reorganiza a história e produz as
raízes da saúde psíquica.
Os pacientes que estão
internados devem fazer um inventário de suas experiências
todos os dias, se possível, reconstruir as mais importantes,
tais como suas recaídas, os momentos de influência de amigos,
os momentos de solidão, as dores que não superaram e os efeitos
das drogas em cada uma dessas situações. Eles devem dar
um novo significado a elas, para que possam reescrevê-las.
Este procedimento, associado às técnicas psicoterapêuticas,
dá profundidade ao tratamento e acelera-o.
É
indispensável irrigar nossos pacientes com esperança.
É preciso fazê-los mais fortes, ousados e determinados, mesmo
após possíveis recaídas. É preciso levá-los a compreender
quão necessário é enxergar as doenças como se fossem um livro,
com muitos capítulos, ou uma guerra, com muitas batalhas.
Um capítulo com cenas dramáticas não quer dizer um livro sem final feliz. Nem a perda de algumas batalhas quer dizer a perda de uma guerra. Desistir nunca, perseverar sempre." 16/Abril/2003: PASSOS ESTRATÉGICOS PARA O TRATAMENTO DA TERAPIA MULTIFOCAL "Estes passos podem ser usados como metas em qualquer tipo de tratamento e psicoterapia. Cada passo deve ser vivido, semanalmente, como uma meta a ser alcançada. Deve ser pensado, refletido e proclamado, no silêncio da mente, dezenas de vezes por dia, com inteligência e criatividade. Eles complementam os clássicos passos dos AA (Alcoólicos Anônimos).
17/Abril/2003:
21/Abril/2003: O
SENTIDO DA VIDA - CAPÍTULO 10 Valorizar a Vida é a grande prova de Sabedoria
"A vida humana é um mistério insondável. Somente o fato de eu estar escrevendo estas palavras, colocando nelas os meus sentimentos e pensamentos, e de vocês, leitores, em algum lugar, estarem lendo-as e transmitindo-as ao seu córtex cerebral para, em milésimos de segundos, conferi-las nos complexos arquivos da memória e produzirem reações e emoções que são suas e não mais minhas, expressa um profundo e complexo mistério, privilégio da maravilhosa vida que possuímos." 22/Abril/2003: O
SENTIDO DA VIDA - CAPÍTULO 10 Valorizar a Vida é a grande prova de Sabedoria "Quando paro para observar as pessoas que me rodeiam - suas palavras, expressões, reações, comportamentos e atitudes - fico simplesmente boquiaberto com a complexidade de nosso psiquismo. Vocês não acham que pensar é uma experiência fantástica ? Que o fato de possuirmos sentimentos de alegria, paz, amor e até mesmo angústia, ansiedade e de culpa, é um mistério impenetrável ? E o fato de brotar instantaneamente, no palco de nossas inteligências, um universo de impulsos e desejos, não retrata também outro grande mistério ? Quem não consegue
ficar surpreso, pasmado com a mente humana, está entorpecido,
não por drogas químicas, mas por estresse, ansiedade,
preocupações e dificuldades sociais e financeiras. Quem
não consegue ficar, como os gregos diziam, assombrado
com os fenômenos que estão à sua frente, nunca poderá
aprender algo com eles."
23/Abril/2003: O
SENTIDO DA VIDA - CAPÍTULO 10 Valorizar a Vida é a grande prova de Sabedoria
"Encorajo
os leitores a deixarem momentaneamente seus problemas,
preocupações, necessidades e até mesmo suas angústias
e vazios existenciais, e colocarem-se
diante de um ser humano, mesmo que seja uma
criança recém-nascida, ou uma pessoa idosa, na fase
final de sua história de vida. Gastem tempo observando,
contemplando as pessoas. Se fizerem isso, será
impossível não vislumbrarem como a vida que possuímos,
independentemente dos atropelos, é encantadora e misteriosa."
24/Abril/2003: O
SENTIDO DA VIDA - CAPÍTULO 10 Valorizar a Vida é a grande prova de Sabedoria
"Porém, apesar de a vida humana possuir um valor inestimável, ela tem sido vivida, pela maioria de nós, de maneira superficial e insignificante. Tão superficial, que a fina camada de pele que cobre nosso corpo tem servido de parâmetro para discriminar seres humanos de cores diferentes. Tão insignificante que vivemos, quase que exclusivamente, em função do 'TER' e não do 'SER', ou seja, em função de ter dinheiro, sucesso social, um bom carro e andar no rigor da moda, mas não em função de ser alegre, tranqüilo, coerente e tolerante. O resultado dessa trajetória vazia, qual é ? A farmacodependência, os sintomas psicossomáticos, a solidão e a violência. No que tange à violência e às violações dos direitos humanos, a crise é dramática, com pesar podemos constatar que um código de leis, que estabelece os limites dos direitos e deveres dos cidadãos em uma sociedade, é insuficiente para controlá-los, sendo necessária a presença impositiva de um batalhão de policiais, para garantir o cumprimento dessas leis. E, como isso ainda é insuficiente, as sociedades necessitam de grande número de presídios, para poder punir os que acabam infringindo essas leis. O homem pensante é capaz de ser mais violento do que os animais irracionais." 28/Abril/2003: A VIDA E A SABEDORIA "A Ciência ampliou muito os horizontes nos dias de hoje, porém, não elevou o padrão da vida humana, não produziu homens maduros e experientes. Uma pessoa pode deter muito conhecimento científico, ter títulos acadêmicos e, ainda assim, poderá ser infantil e imatura na sua experiência de vida, não sabendo suportar nem crescer diante de suas frustrações." 29/Abril/2003: A VIDA E A SABEDORIA "A Ciência ampliou muito os horizontes nos dias de hoje, porém, não elevou o padrão da vida humana, não produziu homens maduros e experientes. Uma pessoa pode deter muito conhecimento científico, ter títulos acadêmicos e, ainda assim, poderá ser infantil e imatura na sua experiência de vida, não sabendo suportar nem crescer diante de suas frustrações." 30/Abril/2003: A VIDA E A SABEDORIA "A
Ciência tem paradoxos impressionantes:
por meio da
Medicina, ela evoluiu muito na
tentativa de aliviar a dor e prolongar
a existência; porém, também
evoluiu na Engenharia Bélica,
armamentista, na tentativa repugnante
de destruir a vida humana da maneira
mais rápida e eficaz possível.
Que contraste:
Nós nos tornamos Gigantes
na Ciência, mas Meninos na Conduta
!"
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Portal Nosso São Paulo - www.nossosaopaulo.com.br |
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