MENSAGEM DO SECRETÁRIO-GERAL DA ONU,
KOFI ANNAN,
POR OCASIÃO DO
DIA INTERNACIONAL DOS VOLUNTÁRIOS
05 de Dezembro de 2005
Fonte: Centro de Informação das Nações Unidas em Bruxelas - RUNIC

As catástrofes naturais dos últimos meses mostraram bem a importância do inestimável contributo dos voluntários para as nossas comunidades. Das ruas inundadas de New Orleans às aldeias destruídas do Paquistão, houve pessoas comuns que fizeram face a problemas extraordinários. Ofereceram o seu tempo, a sua energia e os seus conhecimentos para salvar vidas e reconstruir comunidades. Por meio dos serviços prestados mostraram-nos o que a humanidade tem de melhor.

Juntaram-se a inúmeras pessoas do mundo inteiro que, todos os dias, se oferecem como voluntárias em resposta a “crises silenciosas”. Estes heróis, com freqüência ignorados, compreendem perfeitamente que a pobreza, a doença e a fome são tão destrutivas e mortais como os tremores de terra, os ciclones e os tsunamis. Há pessoas, jovens e velhas, de todas as nacionalidades, grupos étnicos e crenças, que enfrentam esses problemas nas suas comunidades, oferecendo-se voluntariamente para ajudar as coisas a melhorarem. São os verdadeiros campeões dos esforços em prol da realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

Mas não podem, nem devem, trabalhar sozinhos. A consecução dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio exige um esforço coletivo, como os dirigentes mundiais reafirmaram na Cúpula de Setembro. Se quisermos fazer desaparecer a pobreza, precisamos da participação ativa dos Estados, da sociedade civil e do setor privado, bem como dos voluntários. A convergência de boas vontades reveste-se de uma importância ainda mais decisiva nos países que não poderão alcançar esses objetivos, se não intensificarem acentuadamente os seus esforços.

Antes do fim do mês, a Assembléia Geral examinará os progressos realizados na promoção do serviço voluntário, desde o Ano Internacional dos Voluntários, celebrado em 2001. Será uma oportunidade para que os Estados-membros tomem novas medidas para que o processo de desenvolvimento possa se beneficiar plenamente das potencialidades do voluntariado.

Neste Dia Internacional dos Voluntários, recordemos a multidão anônima de cidadãos que, dia após dia, com um gesto simples ou sublime, levam a esperança a tantos desfavorecidos do mundo. Velemos para que este recurso maravilhoso, que abunda em todas as nações, seja devidamente reconhecido e apoiado nos seus esforços para tornar o mundo mais próspero e mais pacífico.

(Fonte: comunicado de imprensa SG/SM/10244; OBV/532, de 2 de Dezembro de 2005)


05 de Dezembro de 2004
Fonte: Centro de Informação das Nações Unidas em Portugal

Se quisermos que o mundo alcance progressos na aplicação da Declaração do Milênio e avance decisivamente rumo à realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, será necessária a participação das pessoas, em toda a parte. O voluntariado continua a ser um meio poderoso e produtivo de assumir esse compromisso.

Praticar o voluntariado em campo, junto das comunidades, ou em casa, através da Internet, permite que as pessoas comuns levem a cabo tarefas extraordinárias. Esses contributos são vitais, quer se esteja a trabalhar para a erradicação da pobreza, da fome, da doença ou do analfabetismo, quer se esteja a lutar pela a proteção do ambiente mundial e a defender as mulheres da discriminação e da violência.

A força do voluntariado é a sua universalidade – todos os dias há inúmeros atos de solidariedade e de ajuda, tanto nos países desenvolvidos como nos países em vias de desenvolvimento. Não existe uma maneira correta ou errada de praticar o voluntariado. A única coisa que é necessária é a vontade de partilhar o tempo, um conhecimento especializado ou uma boa idéia.

Neste Dia Internacional dos Voluntários, apelo aos governos e à sociedade civil para que criem mais oportunidades para que as pessoas pratiquem o voluntariado. E reconheçamos o papel indispensável dos voluntários no processo de desenvolvimento bem como as enormes contribuições que o voluntariado como força dá para a construção de um futuro mais seguro e mais sustentável.


05 de Dezembro de 2003
Fonte: Centro de Informação das Nações Unidas em Portugal

Perante as notícias que nos chegam diariamente de guerras, conflitos e outras catástrofes provocadas pelo homem, é, muitas vezes, difícil não desanimarmos ao contemplar o sofrimento que é infligido a tantos milhões de pessoas, em todo o mundo. No entanto, longe da atenção pública, há milhões de pessoas generosas que, a todo o momento e em toda a parte, arregaçam as mangas e se oferecem para ajudar em tudo o que estiver ao seu alcance.

Trabalhando sozinhas ou em grupos organizados, prestam cuidados aos idosos, aos doentes e aos incapacitados. Ajudam as pessoas que vivem com o HIV/AIDS e lutam contra o estigma de que estas tão injustamente são objeto. Ensinam as crianças a ler e transmitem aos jovens adultos os conhecimentos de que necessitam para poder ganhar a vida. Constroem casas, limpam rios, abrem poços e, de muitas outras maneiras, ajudam a melhorar as condições de vida das pessoas. Também ajudam a proteger os direitos humanos, a consolidar a democracia, a resolver conflitos e a manter a paz. Encaminham o auxílio para as vítimas de catástrofes e ajudam os grupos marginalizados a conseguir que as suas necessidades sejam conhecidas e satisfeitas.

Os voluntários não se interrogam sobre os motivos que os levaram a dar o seu contributo, querem antes saber quando, onde e como podem servir. Dedicados e corajosos, são aliados preciosos na construção de um mundo melhor, mais justo e mais seguro.

Ser voluntário é, hoje, mais simples do que nunca, graças à tecnologia da informação e comunicação. São cada vez mais numerosos os voluntários que recorrem à Internet para partilhar os seus conhecimentos com aqueles que deles necessitam. Criam sites na Web e bases de dados, prestam apoio jurídico, preparam programas de estudos para as escolas e realizam muitas outras tarefas que podem ser efetuadas a partir de um computador ligado à Internet. E, por meio do Serviço das Tecnologias da Informação das Nações Unidas (UNITeS), uma equipe de voluntários especializados trabalha em países em desenvolvimento, ensinando as pessoas a utilizar a Internet e as tecnologias da informação para o desenvolvimento humano.

Neste Dia Internacional dos Voluntários, reconheçamos a contribuição dos voluntários para as sociedades de todo o mundo. Prestemos também homenagem a uma das suas mais destacadas dirigentes, a Senhora Sharon Capeling-Alakija, Coordenadora Executiva do Programa de Voluntários das Nações Unidas, que faleceu no mês passado. E recordemos que qualquer contribuição, por mais pequena que seja, pode ser valiosa.


05 de Dezembro de 2002
Fonte: Centro de Informação das Nações Unidas em Portugal

Nos últimos anos, o voluntariado surgiu com uma força unificadora cada vez mais potente.
Voluntários de todos os setores da sociedade desempenham um papel importante no processo de desenvolvimento. O voluntariado constitui um veículo muito necessário para que as pessoas possam participar na vida da sua sociedade, especialmente os grupos mais vulneráveis e marginalizados como as
pessoas idosas ou as pessoas com deficiência. E, na sequência do Ano Internacional dos Voluntários
(2001), os próprios voluntários alargaram as suas redes e aumentaram a sua capacidade de aprender uns com os outros e de se entreajudarem.

O Ano Internacional conseguiu contribuir para que o voluntariado passasse a ser mais conhecido. Formaram-se mais de 120 comitês nacionais, que foram complementados por dezenas e de dezenas de
comitês locais e regionais. O site oficial recebeu cerca de nove milhões de visitas. E foram tomadas medidas importantes que visavam avaliar o contributo dos voluntários, elaborar quadros jurídicos para o voluntariado, estabelecer a infra-estrutura necessária para apoiar o voluntariado e forjar parcerias mais eficazes com os Governos, o sistema das Nações Unidas, a sociedade civil, o setor privado, os meios de
comunicação social e outros actores.

Espero que a comunidade mundial faça tudo o que estiver ao seu alcance para assegurar que o legado do Ano Internacional seja um mundo em que um número cada vez maior de cidadãos, de todos os meios sociais, sinta o desejo e tenha possibilidade de se dedicar ao bem da sociedade e possa retirar daí um
sentimento de genuína realização pessoal
. Se quisermos alcançar os objectivos definidos na Declaração do Milênio, é crucial que tiremos partido desse potencial. Neste Dia Internacional dos Voluntários, incentivo
todos a unirem-se como voluntários a favor do progresso e do bem-estar da humanidade.

Gentileza do Centro de Informação da ONU em Portugal


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