MENSAGEM DO SECRETÁRIO-GERAL DA ONU
KOFI ANNAN,
POR OCASIÃO DO
INÍCIO DA VIGÊNCIA DO PROTOCOLO DE QUIOTO
16 de Fevereiro de 2005

Fonte: RUNIC - Bruxelas
(CLICK AQUI e veja o texto na íntegra)

16 de Fevereiro de 2005 – Por ocasião da entrada em vigor do Protocolo de Quioto, que visa lutar contra as alterações climáticas reduzindo as emissões de dióxido de carbono, o Secretário-Geral da ONU apelou a que os Estados que ainda não são partes no tratado adiram ao Protocolo de Quioto. Apelou também à comunidade internacional no seu conjunto, para que avance em direcção à próxima etapa, se não quiser ver o desenvolvimento sustentável ameaçado.

Hoje, celebramos a entrada em vigor do Protocolo de Quioto. É um grande passo em frente na nossa luta para enfrentar um dos maiores desafios do século XXI: as alterações climáticas”, declarou o Secretário-Geral numa mensagem vídeo divulgada hoje, por ocasião da entrada em vigor do Protocolo sobre a redução das emissões de dióxido de carbono.

“Os cientistas continuam a dizer-nos que já são visíveis os primeiros sinais de alterações climáticas”, afirmou, acrescentando que, se não se solucionar este problema, não será possível alcançar o desenvolvimento sustentável.

“As alterações climáticas são um problema mundial”, recordou Kofi Annan, sublinhando que “exige uma resposta mundial concertada”.

O Protocolo de Quioto, que “proporciona uma verdadeiro quadro mundial” é juridicamente vinculativo a partir de hoje para todos os Estados Partes. A partir de hoje, “os países industrializados que são partes no Protocolo têm a obrigação clara de reduzir as emissões”, sublinhou, lembrando que podem trocar um novo bem no mundo: o dióxido de carbono. “O Protocolo gerará também recursos para os países em desenvolvimento, a fim de os ajudar a gerir as alterações climáticas”.

Hoje é uma etapa importante. “Devemos aproveitar o Protocolo para evoluir para uma economia mundial que gere menos dióxido de carbono” e que ofereça incentivos adequados ao investimento nas tecnologias menos nocivas para o clima.

Contudo, o Protocolo, só por si, não salvará a humanidade dos perigos das alterações climáticas, frisou Kofi Annan, que pediu à comunidade mundial que seja audaciosa, que adira ao Protocolo de Quioto e atue rapidamente para avançar à próxima etapa. “Não há tempo a perder”, declarou.


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