BREVE HISTÓRIA
DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
O território joseense foi inicialmente
ocupado por uma fazenda de pecuária criada oficialmente
a partir da concessão de sesmarias, por
volta de 1590, a pedido de padres jesuítas.
Essa fazenda localizava-se às margens do Rio Comprido,
hoje divisa natural entre São José e Jacareí.
A classificação como fazenda
de gado foi um artifício usado pelos jesuítas
para ocultar dos bandeirantes uma missão catequetética.
A Lei de 10 de setembro
de 1611 que regulamentava a instalação
de aldeamentos de índios dispersos, administrados por
religiosos, transformou oficialmente a fazenda em missão
de catequese. Esse fato causou desagrado aos colonos que muito
necessitavam da mão de obra indígena e que tiveram
suas ações dificultadas. O resultado desse conflito
entre religiosos e colonos culminou com a expulsão dos
jesuítas em 1640 e a conseqüente extinção
da missão pela própria dispersão dos aldeados.
Alguns anos mais tarde, com o "esquecimento"
da expulsão por parte dos paulistas, os jesuítas
reapareceram no Vale do Paraíba em nova sesmaria, distante
cerca de 15 km a nordeste da aldeia velha, onde hoje se encontra
o centro comercial. Do novo local tinha-se uma visão
privilegiada da área que circundava a aldeia nova, garantindo
maior segurança contra invasões, enchentes e permitindo
boa ventilação e insolação. Apesar
de ser uma nova missão, era oficialmente tratada como
fazenda de gado.
Sabe-se ainda que a organização
urbana no plano teórico e prático da aldeia, é
obra atribuída ao padre jesuíta
Manoel de Leão, cuja principal ocupação
era a de ser administrador, estando em São Paulo desde
o ano de 1663, encontrava-se à frente das fazendas mais
remotas. Entre estas, figurava-se o aldeamento em solo joseense.
Em 1692 essa aldeia aparece com
o nome de "Residência do Paraíba
do Sul" e em 1696 como
"Residência de São José".
Com o início do ciclo da mineração,
o aldeamento passa por sérias dificuldades devido a saída
de braços para o trabalho nas minas. Nota-se, ainda,
por parte dos padres um certo abandono em relação
ao destino da aldeia. Após a expulsão dos jesuítas
do Brasil em 1759, todos os bens dessa ordem religiosa, tais
como fazendas, colégio e aldeias passaram para a custódia
da Coroa. Esta determinou ao governador, D.
Luis Antonio de Souza Botelho Mourão, o Morgado
de Mateus, que tornasse essas novas propriedades produtivas.
O governador pediu e obteve do Vice-Rei autorização
para criar Freguesias e Vilas.
A 27 de julho de 1767
foi formalizada a ereção da Aldeia em Vila
de São José do Paraíba.
A emancipação à categoria
de Vila não foi um fator determinante para o seu progresso,
que por muitos anos manteve as mesmas características
de uma pequena vila com predominância do setor rural.
A principal dificuldade de São José era o fato
de a Estrada Real passar fora de seus domínios. Em meados
do século XIX, a Vila de São José do Paraíba
já demonstrava alguns sinais de crescimento econômico
com o desenvolvimento da agricultura.
O algodão
teve uma rápida evolução na região
quando São José conseguiu algum destaque e cuja
produção atinge seu apogeu em 1864.
Nesse mesmo ano, a 22 de abril,
a Vila é elevada à categoria de
cidade. E, em 1871 recebe a atual
denominação de São José dos Campos,
seguida pela criação da Comarca em 1872. Quase
simultaneamente, há o desenvolvimento da cultura
cafeeira no Vale do Paraíba que começa
a ter alguma expressão a partir de 1870, já contando,
inclusive com a participação de São José.
No entanto, foi no ano de
1886, quando já contava com o apoio da Estrada
de Ferro inaugurada em 1877, que a produção cafeeira
joseense teve seu auge, mesmo num momento em que já acontecia
a decadência dessa cultura na região, conseguindo
ainda algum destaque até por volta de
1930. A procura do município de São José
dos Campos para o tratamento de tuberculose
pulmonar, teria se tornado perceptível no início
deste século, devido às condições
climáticas supostamente favoráveis.
Entretanto, somente em 1935,
quando o município foi transformado em
Estância Hidromineral, que São José
passou a receber recursos oficiais que puderam ser aplicados
na área sanatorial. Com o advento dos antibióticos
nos anos 40, a tuberculose começa
a receber tratamento ambulatorial, caracterizando assim o
fim da função sanatorial até então
exercida por São José, num momento que já
é crescente a vinda de estabelecimentos industriais para
a cidade.
O processo de industrialização
do município, toma impulso a partir da instalação
do Centro Técnico de Aeronáutica-CTA,
em 1950 e também com a inauguração
da Rodovia Presidente Dutra, possibilitando
assim uma ligação mais rápida entre Rio
de Janeiro e São Paulo e cortando a parte urbana de São
José dos Campos.
A conjunção desses fatores permitiu
que o município caminhasse para o potencial científico-tecnológico
em que se encontra.
Região Administrativa:
O Estado de São Paulo está dividido político-administrativamente
em 11 regiões, sendo São José dos Campos
Sede da 3ª Região Administrativa e Integrada por
Municípios de todo o Vale do Paraíba Paulista
e Costa Norte.
Formação
Administrativa Municipal: Oficialmente, o município
é constituído por três Distritos: São
José dos Campos (sede), Eugênio de Melo e São
Francisco Xavier. O Distrito de São José dos Campos
é subdividido em dois Subdistritos: 1º Subdistrito
de São José dos Campos e 2º Subdistrito de
Santana do Paraíba. Para melhor administrar o município
de São José dos Campos, o Poder Público
dotou os Distritos de Eugênio de Melo e São Francisco
Xavier de Administradoeres Distritais, enquanto que o Distrito
sede foi dividido em quatro Regionais: Centro, Leste, Norte
e Sul.
O Aniversário de São José
dos Campos é comemorado em 27 de
Julho.
Fonte: PM SÃO
JOSÉ DOS CAMPOS