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SALTO - SP

" Pequena Manchester Paulista "
Aniversário - 16 de Junho (1698)

MAPA DA CIDADE DE SALTO
Fonte: Google Maps



SOBRE A CIDADE DE SALTO

Área da unidade territorial: 134,6 Km2
Latitude do distrito sede do município: - 23,1203°
Longitude do distrito sede do município: -47,1713°
Altitude: 555m
Gentílico: saltense

Prefeito 2013/16: Juvenil Cirelli - PT 13

População de Salto
Resultado da Estimativa
IBGE-2013: 112.052 hab.

Fundo de Participação dos Municípios
FPM-2013: R$ 26.572.867,60

Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica
e de Valorização dos Profissionais da Educação
FUNDEB-2013: R$ 24.748.365,37


DADOS ANTERIORES
Prefeito 2009/12: José Geraldo Garcia - PDT 12
Estimativa Populacional IBGE-2012: 107.382 hab.
Fundo Part. Municípios FPM-2012: R$ 24.756.358,90
Participação FUNDEB-2012: R$ 22.208.518,41
Estimativa Populacional IBGE-2011: 106.464 hab.
Fundo Part. Municípios FPM-2011: R$ 24.055.592,08
Participação FUNDEB-2011: R$ 21.028.045,30
CENSO Populacional IBGE-2010: 105.516 hab. (*)
Fundo Part. Municípios FPM-2010: R$ 19.511.444,06
Participação FUNDEB-2010: R$ 19.132.710,04
Estimativa Populacional IBGE-2009: 109.948 hab.
Fundo Part. Municípios FPM-2009: R$ 18.205.259,63
Participação FUNDEB-2009: R$ 16.970.851,57
Prefeito 2005/08: José Geraldo Garcia - PDT
Estimativa Populacional IBGE-2008: 108.471 hab.
Fundo Part. Municípios FPM-2008:R$ 19.600.712,93
Participação FUNDEB-2008: R$ 15.201.244,52
Estimativa Populacional IBGE-2007: 102.253 hab. (*)
Fundo Part. Municípios FPM-2007: R$ 15.468.015,34
Participação FUNDEB-2007: R$ 10.390.280,32
Estimativa Populacional IBGE-2006: 108.552 hab.
Fundo Part. Municípios FPM-2006: R$ 13.469.673,48
Participação FUNDEF-2006: R$ 4.582.998,05
Estimativa Populacional IBGE-2005: 106.207 hab.
Fundo Part. Municípios FPM-2005: R$ 12.222.762,92
Participação FUNDEF-2005: R$ 3.115.067,13
Estimativa Populacional IBGE-2004: 103.844 hab.
Fundo Part. Municípios FPM-2004: R$ 9.249.112,74
Participação FUNDEF-2004: R$ 1.994.047,52


Resultados do Universo do Censo 2000

Valor do Fundo de Participação dos Municípios (FPM):
R$ 5.667.932,84

População residente:
Total: 93.159 hab.
Homens: 46592
Mulheres: 46.567
Urbana: 92.065
Rural: 1.094

População residente de 10 anos ou mais de idade:
Total: 76.285
Alfabetizada: 72.209
Taxa de alfabetização: 94,66%

(2004)
Estabelecimentos de ensino pré-escolar: 10
Estabelecimentos de ensino fundamental: 32
Estabelecimentos de ensino médio: 13
Hospitais: 01
Agências bancárias: 09

Fonte: IBGE

(*) Resposta do IBGE à nossa indagação sobre a Contagem da População 2007, em relação às estimativas anteriores:

A estimativa da POPULAÇÃO baseia-se, dentre outros aspectos, na série histórica para as populações, onde a tendència do conjunto de dados influi no valor estimado.
Os resultados do CENSO DEMOGRÁFICO (2000) e da CONTAGEM DA POPULAÇÃO (2007), apresentam uma maior consistência, visto que são obtidos após trabalho de campo, onde os domicílios são pesquisados.
Observa-se ainda que os novos resultados do CENSO DEMOGRÁFICO e da CONTAGEM DA POPULAÇÃO irão compor a série para novas estimativas.

BREVE HISTÓRIA DE SALTO

A região onde se insere a cidade de Salto está entre as primeiras no processo de penetração do território, desde a segunda metade do século XVI. Registros históricos dão conta da presença de uma aldeia dos índios guaianás ou guaianazes, do tronco Tupi-Guarani, nas imediações da cachoeira, à qual chamavam Ytu Guaçu, Salto Grande em língua nativa. Esses índios, assim como outros das margens do Tietê, foram repelidos ou aprisionados nas investidas das primeiras bandeiras paulistas, que os levaram para abastecer de mão-de-obra as roças nas vilas do planalto.

O rio Tietê foi, desde o início, indicador natural de caminhos para exploradores, missionários e autoridades coloniais. A cachoeira, hoje cercada pelo centro da cidade de Salto, aparece em mapa primitivo do governador espanhol Luís de Céspedes Xeria, nos primeiros anos do século XVII. Também ao seu redor a grande bandeira de Nicolau Barreto, em 1601, aldeou grande número de indígenas cativos. E foi a uma légua do salto que Domingos Fernandes e seu genro, Cristóvão Diniz, saídos de Santana de Parnaíba, fundaram o povoado de Nossa Senhora da Candelária do Ytu Guaçu, a atual cidade de Itu, em 1610.

Já no final do século XVII, o atual território de Salto era uma propriedade particular, o Sítio Cachoeira, parte de sesmaria da Capitania de São Vicente, adquirido pelo capitão Antônio Vieira Tavares (sobrinho do bandeirante Raposo Tavares) e de sua mulher, Maria Leite (filha de Borba Gato). O capitão obteve permissão para construir e mandar benzer uma capela em seu sítio, que o livrasse de ir a Itu para assistir missa. A bênção do templo e a primeira celebração deram-se em 16 de junho de 1698, data que é considerada como a de fundação da cidade de Salto. Por disposição testamentária, no ano de 1700, o casal fez a doação de suas terras, escravos e índios à Capela de Nossa Senhora do Monte Serrat. A localidade, com poucas casas e lavoura circundante, permaneceria por bom tempo na condição de bairro rural da vila de Itu.

Com o descobrimento de ouro em Cuiabá, no início do século XVIII, a região ituana funcionou como trampolim para aquelas regiões interiores da colônia. Nos seus arredores eram organizadas as monções, expedições fluviais que abasteciam de víveres as minas, levavam e traziam homens e garantiam o fluxo do ouro. Parte dos capitais gerados com a atividade mineradora foi aplicada na compra de terras, escravos negros, plantio de vastos canaviais e montagem de engenhos, a partir de meados do século XVIII. O povoado de Salto de Ytu, como então se chamava, passou a integrar o quadrilátero do açúcar (delimitado por Mogi-Guaçu, Jundiaí, Sorocaba e Piracicaba), a mais rica região produtora daquele produto em São Paulo, situação que se estendeu pela primeira metade do século XIX. Nesta altura, havia mais de quatrocentos engenhos de açúcar e aguardente em São Paulo, cem dos quais na região ituana.

Foi o capital acumulado com a lavoura da cana-de-açúcar e, em menor escala, do café e do algodão, que propiciou o despertar do lugarejo, na segunda metade do século XIX. A posição geográfica privilegiada, junto à queda d’água, foi fator decisivo para os primeiros investimentos fabris, assim como a chegada da ferrovia, com a instalação dos trilhos da Companhia Ituana de Estrada de Ferro, em 1875. Nesse mesmo ano, o empresário José Galvão da França Pacheco Júnior inaugurou a primeira fábrica de tecidos na margem direita do Tietê, batizando-a de Júpiter. Pouco depois, em 1882, o Dr. Francisco Fernando de Barros Júnior, político republicano cognominado Pai dos Saltenses, inaugurou a sua tecelagem, à qual deu o nome de Fortuna, poucos metros mais abaixo daquela pioneira. Em 1885, seria a vez da Fábrica de Meias de José P. Tibiriçá, e, em 1887, a Fábrica de Tecidos Monte Serrat, de Octaviano Pereira Mendes. Ainda no último ano da monarquia, 1889, inaugurava-se na margem oposta do rio a primeira fábrica de papel da América Latina, de Melchert & Cia.

A esse despertar industrial correspondeu o aporte de trabalhadores europeus, desviados em parte da lavoura do café e de outros produtos. No caso saltense, foram sobretudo italianos, atraídos em grande número pelas tecelagens, mas fixando-se também em pequenas propriedades rurais e no comércio miúdo pela cidade. Mesmo o capital italiano se fez presente, já que as duas fábricas pioneiras acabaram se aglutinando numa unidade maior e transferindo-se para a propriedade de europeus, através da Societá Per L’Industria e Comercio Ítalo-Americana. Pouco depois, em 1919, esta daria lugar à Brasital, indústria que marcou a vida da comunidade por décadas, como maior empregadora e responsável pelo surgimento de vilas operárias e de todo um modo de vida, com profundas raízes na cultura local.
No campo político, a chegada da República coincidiu com a separação do município de Itu, passando a cidade a ter autonomia administrativa. O nome foi simplificado para Salto já em 1906.

A entrada do século XX trouxe mais indústrias e benefícios como a iluminação elétrica, os serviços de água e esgoto, telefone, o primeiro grupo escolar, bandas de música e a segunda usina hidrelétrica instalada no rio Tietê, a de Lavras, construída a partir de 1904. Pelos anos seguintes, a cidade, dada a concentração de indústrias, passa a merecer o apelido de Pequena Manchester Paulista, em referência ao centro industrial britânico.

Um segundo surto industrial verificou-se na década de 1950, quando isenções de impostos atraíram empresas de porte considerável para a época, como a Eucatex, Emas, Picchi e Sivat, que juntas chegaram a oferecer mais de 3.500 empregos, firmando de vez o perfil industrial da cidade. Esse caminho teve seguimento já nos anos 1970, com a criação de distritos industriais e novos incentivos à vinda de indústrias. Cerca de vinte unidades se instalaram no município, justificando a chegada de grandes contingentes de migrantes provenientes de vários estados da Federação, com destaque para os paranaenses. O surgimento de novos bairros, em ritmo acelerado, alterou a paisagem e, em grande parte, o ritmo de vida e as características sócio-culturais da cidade.

Ao entrar no século XXI, Salto conta com mais de 98% de sua população (de aproximadamente 103 mil habitantes) na zona urbana. Embora boa parte dos empregos esteja nos setores de serviços e comércio, a cidade não perdeu sua característica industrial, concentrando dezenas de empresas nos seus distritos industriais, espalhados no pequeno território de 160 km². Existem na cidade importantes empresas de vários segmentos, como o metalúrgico, o automotivo, de mineração, cerâmico, químico, têxtil, de papel, moveleiro, etc, mas também se transformou em Estância Turística pela Lei Estadual 10.360 de 02 de Setembro de 1999.

Dois centros universitários atraem estudantes de mais de cinqüenta cidades. Além disso, um claro perfil turístico – já explorado superficialmente no passado – passa a merecer atenção crescente, com a instalação de três parques municipais, que somam-se a outros atrativos, como a cachoeira, o Monumento à Padroeira, museu, concha acústica e jardins. Esse conjunto de possibilidades garantiu à cidade o título de Estância Turística, que remete a novos caminhos de crescimento e progresso.

O Aniversário de SALTO é comemorado no dia 16 de Junho.

Fonte: PM SALTO

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