Área da unidade territorial: 139,7 km2
Latitude do distrito sede do município: -22,4540°
Longitude do distrito sede do município: -47,0915°
Altitude: 590m
Gentílico: paulinense
Prefeito 2013/16: Edson Moura Junior - PMDB 15
População de Paulínia
Resultado da Estimativa IBGE-2013: 92.668 hab.
Fundo de Participação dos Municípios FPM-2013: R$ 23.251.259,24
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da
Educação Básica
e de Valorização dos Profissionais da Educação FUNDEB-2013: R$ 50.598.459,10
Valor do Fundo de Participação
dos Municípios (FPM)
R$ 3.778.622,06
População residente
Total 51326
Homens 25.688
Mulheres 25.638
Urbana 50.762
Rural 564
População residente de 10 anos ou mais de idade
Total: 42.687
Alfabetizada: 40.306
Taxa de alfabetização: 94.4%
(2007)
Estabelecimentos de ensino pré-escolar: 19
Estabelecimentos de ensino fundamental: 20
Estabelecimentos de ensino médio: 10
Hospitais: 2
Agências bancárias: 10
Fonte: IBGE
(*) Resposta do
IBGE à nossa indagação sobre a Contagem da
População 2007, em relação às
estimativas anteriores:
A estimativa da POPULAÇÃO baseia-se,
dentre outros aspectos, na série histórica para
as populações, onde a tendència do conjunto
de dados influi no valor estimado.
Os resultados do CENSO DEMOGRÁFICO (2000) e da CONTAGEM
DA POPULAÇÃO (2007), apresentam uma maior consistência,
visto que são obtidos após trabalho de campo, onde
os domicílios são pesquisados.
Observa-se ainda que os novos resultados do CENSO DEMOGRÁFICO
e da CONTAGEM DA POPULAÇÃO irão compor a
série para novas estimativas.
BREVE HISTÓRIA
DE PAULINIA
A história da cidade de Paulínia
remonta à época colonial, quando o governo português
doava sesmarias (grandes extensões de terra) a pessoas
interessadas em cultivá-las. Nesta região, há
notícias de duas grandes sesmarias doadas em 1796 e 1807
que, pela localização (entre os rios Atibaia e
Jaguari) ficavam onde hoje está Paulínia.
Barreto Leme, que havia chegado a Campinas
em 1739 recebeu, 34 anos depois, de Morgado Mateus o título
de "Fundador, Administrador e Diretor" daquela cidade.
Paulínia era um sertão inculto, nos arredores
de Campinas, com flora e fauna exuberantes, habitado por índios.
Em 1885 o Comendador Francisco de Paula Camargo comprou a Fazenda
São Bento, enorme propriedade de terra, para produzir
café, cujas primeiras mudas, seu avô materno, homônimo,
havia trazido do Rio de Janeiro para Campinas em 1817.
Além da São Bento, outras grandes
fazendas da região da atual Paulínia eram: A Morro
Alto (de José Guatemozin Nogueira), a São Luís
(de Francisco da Rocha), a Fortaleza (de Domingos de Salles
Júnior), a São Francisco (de Heitor Penteado e
seus irmãos), a Santa Genebra (pertencente ao Barão
Geraldo de Rezende que localizava-se onde hoje está aquele
distrito), e a maior de todas, em terras onde hoje está
a cidade de Cosmópolis, chamada de Fazenda do Funil (
pertencente a José Paulino Nogueira, seus irmãos:
Artur, Sidrack e seu genro Paulo de Almeida Nogueira).Interessante
destacar que as atuais cidades de Paulínia, Sumaré,
Valinhos e Cosmópolis eram, na época, bairros
periféricos de Campinas, afastados do centro e sem nenhum
tipo de melhorias ou benefícios.
Em 1903 é inaugurada, em terras da Fazenda
São Bento, uma capela em honra ao mesmo santo. Ao redor
dessa capela, ainda hoje existente no centro de Paulínia,
começa a desenvolver-se um vilarejo, também conhecido
como "São Bento". Esse santo era muito popular
por essas bandas devido ao poder a ele atribuído de proteger
seus devotos contra picadas de cobras, abundantes na região
("São Bento, livrai-me desse bicho peçonhento...").
Por volta de 1880, houve um intenso movimento entre fazendeiros
da região visando a construção de uma estrada
de ferro, que viesse facilitar o escoamento da produção
agrícola das fazendas, enormemente prejudicado pela presença
dos rios Atibaia e Jaguari, que dificultava sobremaneira a comercialização
dos produtos. Esse movimento culmina com a aprovação
de empréstimos para a construção da Cia.
Carril Agrícola Funilense, ligando Campinas à
Fazenda do Funil. Iniciam-se nessa mesma década, vários
projetos de imigração, visando substituir a mão
de obra escrava, recém-liberta, por estrangeiros que,
fugindo da miséria da Europa, buscavam no Brasil novas
chances de sucesso. Imigrantes, na maioria italianos, começam
a chegar a Paulínia para trabalhar nas fazendas por volta
de 1887. A chegada dos imigrantes e a inauguração
da Estrada de Ferro (em 18/09/1899) estabeleceram uma nova ordem
econômica e social no bairro de São Bento, mesclando
aos costumes dos habitantes das fazendas novos hábitos,
músicas, cultura e religião.
Em 18 de setembro de 1899, foi inaugurado não só
o trecho carroçável da Cia. Carril Agrícola
Funilense, mas também as várias estações
ao longo do percurso, todas elas recebendo nomes de diretores
e membros da própria Companhia: "Barão Geraldo",
"José Paulino Nogueira", "João
Aranha", "José Guatemozin Nogueira" e
"Artur Nogueira", dentre outras que levaram o nome
da fazenda onde estavam situadas: "Santa Genebra",
"Deserto", "Santa Terezinha" e " Engenho".
Obviamente, os bairros onde estavam essas estações
foram sendo conhecidos pelos mesmos nomes. Surge, assim, a vila
"José Paulino". Em 30 de novembro de 1944,
através do Decreto-lei 14334, a vila de "José
Paulino" foi elevada à condição de
Distrito, com o nome de PAULINIA.Esse Decreto impedia que localidades
usassem nomes de pessoas. "Cosmópolis", no
mesmo ato, foi elevado à condição de município;
"Rocinha", elevado a município com o nome de
"Valinhos"; "Rebouças" elevado a
vila com o nome de "Sumaré" e "Arraial
dos Souzas" elevado a Vila com o nome de "Souzas".
Desde 1942 Paulínia vinha aumentando a arrecadação
de impostos para Campinas devido à implantação,
naquele ano, de uma unidade da Rhódia Indústrias
Químicas e Têxteis. Essa empresa, pioneira na cidade,
alterou consideravelmente a economia não só do
Distrito, mas de toda a região. Em 1956 chega a Paulínia
o funcionário aposentado da Assembléia Legislativa
do Estado José Lozano de Araújo. Consciente do
potencial econômico do Distrito, funda a entidade "Amigos
de Paulínia" e arregimenta vários homens
das famílias mais antigas do local. Começa um
movimento emancipatório que culmina com um plebiscito
realizado em 06 de novembro de 1963, decidindo dessa forma a
autonomia política do Distrito. Em 28 de fevereiro de
1964 o Diário Oficial do Estado de São Paulo publicou
a Lei 8092, criando o município de Paulínia.
As primeiras eleições foram realizadas em 07
de março de 1965, tendo sido eleito Prefeito o candidato
único do PSP (Partido Social Progressista) José
Lozano de Araújo. Os primeiros vereadores, cuja função
era voluntária, foram: Hélio José Malavazzi
(presidente da Câmara pelos quatro anos consecutivos),
Angelino Pigatto, Anízio Perissinotto, José Motta,
João Beraldo, Hélio Ferro, José Improta,
Mário Gervenutti Ferro e Orlando Trevenzolli. Em 4 anos
Paulínia transformou-se: Tinha 6000 habitantes e uma
renda per capita gerada (gerada pela Rhódia e outras
empresas de menor porte) invejável: todas as ruas calçadas,
isenção de impostos municipais para todos os habitantes,
água encanada e rede de esgotos em todos os bairros,
pavimentação das estradas de acesso, tendo sido
construído o prédio da Prefeitura Municipal, que
permanece até hoje.